Olá
amigas e seguidoras do Lady Chic Blog, um domingo maravilhoso para vocês.
Hoje
vamos falar de Bem Estar através do artigo de Ivonete Lucirio - Edição:
MdeMulher e conteúdo Women's Health
O
texto intitulado: Escape da autossabotagem, diz que muitas vezes somos nós quem
criamos problemas e não conseguimos nos livrar deles e nos convida a Descubrir
como escapar do ciclo da autossabotagem.
Vejamos
na íntegra.
Você
está quase chegando lá, quase mesmo. Depois de anos esperando a promoção, basta
mais uma demonstração de competência que a sala grande, com janelas, é sua.
Você passa a noite preparando a apresentação e, quando chega à empresa,
surpresa! Esqueceu o pen drive em casa. Lembra-se de alguma situação parecida?
Pois se prepare para o que vai ler: esse é um caso típico de autossabotagem.
Pode parecer meio idiota imaginar que você faça algo que possa prejudicá-la.
Mas é isso o que acontece. Em maior ou menor grau, qualquer um tem seus
momentos de autossabotagem. Mas algumas fazem disso seu modo de viver. “Quem se
autossabota não consegue evitar estragar o próprio bem-estar repetidamente.
Mesmo quando as coisas vão bem, faz algo que põe tudo a perder”, diz
a psicóloga Lana
Harari, de São Paulo.
O
termo autossabotagem foi criado pelos psicólogos americanos Steven Berglas e
Edward Jones em 1978. Eles descobriram que um dos mecanismos mais comuns que
levam a cometer um atentado contra si mesma é não se achar merecedora de algo.
É como se, no fundo, sentisse que está conquistando algo ilicitamente. E isso
pode acontecer no caso de uma promoção, de um bem novo, de um namorado.
Pisando
no próprio calo
Mas
onde nasce tamanha desconfiança de si mesma? “A chave
está na autoestima
baixa”, diz o psicólogo Marco Antonio De Tommaso, da Universidade de São
Paulo. “Ser feliz parece gerar ansiedade e evocar ecos do passado que dizem
‘Não mereço ser feliz’.” As causas para esse descompasso normalmente estão
relacionadas com a educação,
e os principais culpados são os pais.
Parece
um tanto simplista, mas é isso que defende o livro O Ciclo da Auto-Sabotagem,
de Stanley Rosner e Patricia Hermes (Ed. BestSeller, 210 págs., R$ 24,90*). “Embora
não se possa resumir tudo aos pais, eles
acabam se tornando modelos de comportamento”, diz
De Tommaso.
Mas
não se pode desprezar a influência dos colegas da escola, dos amigos da
adolescência, de um chefe rabugento que minava sua autoestima. Padrões
estabelecidos durante a vida — por mais destrutivos que sejam — acabam virando em nossa cabecinha perturbada o
default de nossos atos. E mesmo quando percebemos que temos de mudar vêm outros
sentimentos para colocar uma pá de cal nessas boas intenções: a culpa e o medo.
Culpa de romper os modelos da infância.
Medo de mudar e fracassar. , no fundo, sentisse que está conquistando algo
ilicitamente. E isso pode acontecer no caso de uma promoção, de um bem novo, de
um namorado.
Repetindo
os mesmos erros
Pelo
raciocínio de Rosner e Patricia, a menina que viu a mãe humilhar pode repetir o
comportamento com o parceiro e sabotar o relacionamento. Ou reproduz-se na fase
adulta um papel vivido na infância. Isso acontece, por exemplo, quando o pai
morre muito cedo e à menina cabe a tarefa de consolar a mãe. Ela acha que sua
missão de salvadora é eterna e buscará parceiros carentes a quem possa
consolar. Aliás, a repetição é irmã siamesa da autossabotagem. Você sabe que
algumas situações vão acabar mal, mas não consegue reverter o mau hábito:
tornar-se fria sem motivo com aquele cara legal ou perder o voo da viagem que
planejou durante meses.
Parece
absurdo pensar que pode fazer tanto mal a uma pessoa tão querida: você mesma.
De forma inconsciente, claro, porque ninguém sai recitando por aí que quer ser
infeliz. É difícil imaginar que sua pior inimiga está dentro do seu corpinho
esculpido à base de exercícios e massagens redutoras. Então, é hora de dizer
para essa megera “Saia desse corpo que ele não te pertence” e
romper esse ciclo. O processo sempre passa pelo autoconhecimento. Muitas vezes é preciso terapia. Mas
refletir também dá resultado. Algumas dicas vão ajudá-la a perceber se está se
autossabotando e a tomar uma atitude.
Como
quebrar o ciclo
Conheça
alguns comportamentos e pensamentos típicos da autossabotadora
Síndrome
da impostora Quem sofre desse distúrbio não se considera capaz de cumprir as
tarefas profissionais. Pior, faz parte de um grupo que sofre com a
possibilidade de as coisas darem certo. Não tem a ver com incompetência; é uma
percepção subestimada dos talentos. Fica o tempo todo com a sensação de que
será desmascarada. (O que Freud explicou no artigo “Os Que
Fracassam ao Triunfar”, mostrando que algumas pessoas não conseguem usufruir
a satisfação de uma conquista.) Isso acontece porque em algum momento foi desvalorizada. Quando
criança, porque não era muito boa nas competições de queimada; talvez por um
chefe tirano, que a diminuía. “Ela pode não querer a promoção para proteger o
marido, não se tornando mais bem-sucedida que ele”, diz Lana Harari.
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Quebre o Ciclo
O
primeiro passo é refletir se suas dúvidas têm algum fundamento. Seja prática:
pergunte a seus colegas e chefe. Se houver alguma deficiência, será que não
pode ser resolvida? “Mas é importante se responsabilizar”, diz
Eduardo Elias Farah,
consultor de carreiras e professor da Fundação Getulio Vargas, em São Paulo. “Isso
significa tomar consciência de que o que acontece é consequência direta dos
seus atos, não azar ou destino.” Mais: é não ter medo das mudanças que novas
conquistas trarão e se
agarrar à parte de você que quer arriscar, que quer chegar ao pote de ouro no
final do arco-íris.
Amada,
eu?
Às
vezes é difícil imaginar como aquele cara se interessou por você. Resultado da
baixa autoestima. Crianças que eram valorizadas pelo que conseguiam — boas
notas, medalhas nos esportes etc. — tendem a achar que só serão amadas ao se
mostrar poderosas ou extremamente
autossuficientes. Só que essas características são as que, em geral, afastam
muitos homens — ou atraem os errados.
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Quebre o Ciclo
Se
você está em um relacionamento que não funciona, é preciso tomar uma atitude.
Diz o ditado que “se continuar
fazendo o que está fazendo, continuará obtendo o que está obtendo”. Portanto,
não se acomode. Coloque no papel todas as características comuns dos homens com
quem se relacionou. Eram todos parecidos fisicamente ou psicologicamente? Como
você agia com eles? Era
sempre mandona, mãezona ou submissa? Analisando esses aspectos, você vai
identificar os mecanismos que afastam as pessoas de você ou por que atrai
sempre os caras errados. Se gosta daquele estilo moderno, de calça jeans,
camiseta, barba por fazer, que tal experimentar um mauricinho? Se costuma
querer agradar o parceiro sempre, nunca dizendo não para não contrariá-lo, pode
ser um bom momento de pensar no que realmente quer e dizer sim apenas para as
coisas que a deixam feliz. É fato que alguns não vão gostar e você se verá
sozinha. Mas e daí?
Emagreci,
agora vou engordar
Não
há caso mais óbvio de autossabotagem do que passar fome durante a semana para
caber na calça jeans e comer feijoada no sábado. E depois ainda ficar se
lamentando: “Por que eu fiz
isso?” Ora, porque você não quer emagrecer de verdade. É claro que cair em
tentação uma vez é mais do que normal. Mas a pessoa que sistematicamente detona
a dieta, das duas uma: ou tem força de vontade zero ou não quer mesmo
emagrecer. Nos dois casos, coloca
uma máscara de coitada para não assumir as rédeas de sua vida.
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Quebre o Ciclo
Descubra
como a gordura é útil às suas estratégias de se autossabotar. “Uma
pessoa tímida, por exemplo, usa a gordura como proteção. E diz que não arruma
namorado porque é gorda”,
define Marco Antonio De Tommaso. A obesidade também é usada para mascarar a
sexualidade, fugir da vida social etc. Você pode atacar por todas as frentes:
emagrecer, melhorar a autoestima e tratar seus problemas de se relacionar com
as pessoas. Ou mesmo se
assumir uma gordinha feliz. Uma coisa é certa: a vida não é dividida em pessoas
que vestem 38 e são felizes e as que vestem 46 e estão condenadas à
infelicidade. A primeira providência é abolir o papel de vítima, encarar a vida
e decidir se você quer ser feliz ou não, independentemente do tamanho da sua
calça jeans.
Esse
carro novo vai dar problema
O
escritor irlandês Oscar Wilde costumava dizer que no mundo há somente duas
tragédias: uma é não ter o que se quer; a outra é ter. “Muitas
vezes a pessoa até
formula desejos saudáveis, mas inconscientemente não resolveu sua relação
consigo mesma e, por isso, não consegue ser feliz e desfrutar dos resultados
positivos”, explica Lana Harari. Comprar um carro zero pode parecer uma grande
conquista, mas há o
medo inconsciente de que não vai acabar bem. A certeza de que algo ruim irá
acontecer — e pode ser com o carro novo, com a viagem tão esperada ou a
festa-surpresa para a amiga — é tão grande que é melhor precipitá-lo para
acabar logo com a angústia. Ou seja,
em vez de aguardar que a coisa ruim aconteça, a pessoa toma as rédeas da
situação. Isso pode significar bater o carro antes de fazer o seguro, desmarcar
a viagem ou deixar o lindo bolo se espatifar no chão ao levá-lo à mesa.
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Quebre o Ciclo
Por
mais incrível que possa parecer, coloque na sua cabeça que você merece. Sem
culpa. “O inconsciente é como uma criança dentro de nós que segue o que
chamamos de princípio do prazer, ou seja, quer somente satisfazer seus desejos.
Mas o lado adulto, consciente e racional,
não aceita os próprios desejos infantis, gerando um descompasso”,
explica o psicanalista Roberto Dantas, de São Paulo. Deixe a criança solta,
aceite a felicidade que bate à sua porta sem questioná-la, sem deixar que a
culpa dê um chega pra lá na satisfação.
Repita para você mesma ‘Eu mereço’ todas as vezes que acontecer algo bom e não
tenha pudores em estampar um sorriso enorme de satisfação no rosto, daqueles de
dar cãibra nas bochechas.
Um
beijão no coração de todas e até amanhã.
Lady Chic
Por
Beth Vasconcelos
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