Olá
amigos do meu blog, saúde e prosperidade para vocês.
Hoje
eu trouxe a reportagem de Noêmia Lopes / Edição: MdeMulher e
Conteúdo
CLAUDIA, que nos mostra as 6 atitudes para que nossos filhos se tornem adultos
conscientes.
A
autora afirma que foram reunidas ideias que estimulam boas atitudes e ajudam a
desenvolver desde cedo na criança uma consciência de seu papel no mundo
Vejamos
os detalhes.
Por
definição, cidadão é um indivíduo com direitos civis e políticos garantidos por
um Estado - ou seja, em tese, seu filho já nasceu cidadão. Mas a teoria não
basta. É preciso aprender, praticar e cultivar a cidadania. Boa parte dos
valores éticos essenciais para que ele, no futuro e agora, viva bem em
sociedade vem da escola. "É lá que a criança tem as primeiras experiências
mais sólidas em termos de vida pública e aprende a conviver, como alguém que
pertence a um lugar e a um grupo", diz Maria Teresa Eglér Mantoan,
professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp) e coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e
Diferença (Leped), da mesma instituição. Mas as noções de respeito por si mesmo
e pelo outro, a solidariedade e a tolerância para conviver bem com a
diversidade também nascem em casa. Tudo começa pela postura que os pais assumem
tanto nos domínios domésticos quanto na comunidade da qual fazem parte.
Atitudes cotidianas até simples, como caminhar pelo bairro para conhecê-lo
melhor ou puxar uma conversa crítica sobre um filme que a família acaba de ver,
ajudam a formar filhos cidadãos. Consultamos especialistas e reunimos as
principais.
1.
Seja um bom modelo
Um
ótimo ponto de partida é mostrar - não com palavras, mas com ações - que a
família tem consciência de seus direitos e deveres e age de modo participativo
na sociedade. Isso inclui ir a reuniões e eventos promovidos pela escola em que
os filhos estudam, não faltar a assembleias de condomínio, comparecer às urnas
para eleger governantes consciente de seu voto, opinar em referendos e
inteirar-se de questões importantes para seu bairro, sua cidade, seu estado,
seu país. Mas as atitudes do dia a dia contam, e muito. Então, atenção: do
banco de trás do carro, seu filho percebe se você dá ou não passagem para
pedestres, se sempre segue as regras de trânsito - ou as burla quando está com
pressa, por exemplo - e se costuma parar em fila dupla ao deixá-lo na escola. E
nota a gentileza e o bom senso (ou a falta desses atributos) no trato com
parentes, amigos, colegas de trabalho e empregados. "Crianças e
adolescentes são muito observadores. Veem tudo", afirma a psicóloga Marina
Vasconcellos, terapeuta familiar e de casais, em São Paulo. Ela ressalta que,
por isso, vale comentar quando pessoas fazem algo errado. "Você pode
dizer: `Olha só, um motorista parado bem em cima da faixa. Isso não é legal¿
", sugere. O papo deve acontecer de modo natural e fluido, não parecer
ensaiado ou ter ar de lição de moral. Uma das bases para formar um cidadão
crítico é você mostrar quem é de verdade, suas crenças e seus princípios.
2.
Ative o sentimento de pertencer
Cidadania
tem tudo a ver com sentir-se parte integrante de um grupo e
corresponsabilizar-se por ele. Primeiro, a própria família. "Os pais
precisam falar sobre ela e mostrar quem é esse conjunto de pessoas mais
próximas, sua história e seus hábitos. Assim, a criança começa a entender como
seus parentes convivem e quais são os limites que ela mesma ocupa dentro dessa célula",
diz Maria Teresa, do Leped, da Unicamp. Quando bem trabalhado na esfera micro,
o sentimento de pertencimento facilita a convivência na esfera macro - não
importa aqui se estamos falando de outras crianças no parque, da turma do clube
ou de colegas da escola. Segundo experts, esse sentimento de pertencer a algo,
que gera comprometimento, é essencial para seu filho entender que "estar
com o outro" é diferente de apenas "estar junto do outro" -
pressupõe compartilhar e respeitar. De acordo com Maria Teresa, "o papel
da família é central para as crianças perceberem que, fora de casa, elas também
têm compromissos com o mundo que as cerca". Mais adiante, essas noções
contribuirão para dar sentido à ideia de nação, na qual podemos reclamar se nossos
direitos não são assegurados, mas também precisamos assumir deveres para o bem
comum.
3.
Invista na parceria com a escola
Uma
vez que tanto a vivência em família como as experiências no ambiente escolar
são fundamentais para a construção e o fortalecimento das noções de cidadania,
nada mais sensato do que buscar uma sólida parceria. "Todas as
instituições sociais participam do processo educativo. Mas a escola é aquela
destinada a educar de modo organizado e sistemático. É ali que são partilhados,
de forma intencional e específica, os conhecimentos, as crenças e os valores de
uma sociedade", afirma Terezinha Rios, doutora em educação e colunista da
revista Nova Escola Gestão Escolar, da Fundação Victor Civita. Conhecer os
caminhos trilhados pela escola em que seu filho estuda requer mais do que só
acompanhar comunicados e comparecer a reuniões. Peça para conhecer o projeto
político-pedagógico, documento no qual são descritos objetivos e metas da
instituição, bem como os meios utilizados para alcançá-los. A maioria desses
projetos faz referência à formação cidadã. Depois, é preciso acompanhar o mais
de perto possível o trabalho cotidiano dos educadores para ver como as
propostas são colocadas em prática. "A tarefa da escola terá mais êxito se
articulada à atuação de outras instituições, principalmente a família. É
preciso estabelecer o diálogo."
4.
Abra espaço para posturas críticas
Passear
a pé pelo bairro, ver o que ele tem de bom e de ruim, observar a diversidade de
pessoas e de lugares que abriga, pensar em formas de torná-lo mais bonito e
agradável. Essa é uma atividade simples, mas carregada de estímulos ao
comportamento cidadão. Também dá para fazer exercícios parecidos em outra
cidade ou país. "Conhecer povos, culturas, hábitos e culinárias diferentes
é favorecer o entendimento da diversidade", diz a psicóloga e psicanalista
Blenda de Oliveira, de São Paulo. E isso é básico para desenvolver tolerância.
Sem contar que a criança e o adolescente precisam de espaços para expressar
suas opiniões. Há formas simples e que funcionam de fazer isso. "Que tal
assistir a um documentário, um filme de ficção ou uma peça de teatro e depois
fazerem juntos um debate crítico sobre eles? Esse tipo de discussão ajuda a
estimular a reflexão, importante na construção da cidadania", afirma
Luciana Maria Allan, diretora técnica do Instituto Crescer para a Cidadania, em
São Paulo. O trabalho voluntário é outro eixo a explorar. Visitar uma casa de
repouso ou contar história em uma creche são experiências que sensibilizam e
mudam o olhar de nossos filhos. Só não adianta cobrar interesse por
voluntariado se essa não é uma prática valorizada pela família e incorporada a
seu dia a dia. "Falamos que os jovens de hoje são apáticos e não têm visão
crítica do mundo. Mas em que momento nós, como pais, oferecemos estratégias
para que sejam cidadãos participativos? Quando convidados, eles querem
participar e gostam. Ficam chocados e preocupados com a realidade ao redor e
têm energia para mudar as coisas para melhor", diz Luciana.
5.
Incentive a colaboração
A
amizade e a convivência entre vizinhos parece diminuir conforme aumenta o
tamanho das cidades e dos condomínios. O resultado é que hoje impera o
individualismo em nossa sociedade. "Estamos mais isolados e
infelizes", resume Maria Teresa, da Unicamp. "Há quem tema ser
solidário por medo de se dar mal e quem ache que nunca vai precisar de quem
mora ao lado, torcendo para que a recíproca seja verdadeira." Em vez de
perpetuar o isolamento, os pais precisam favorecer o encontro. Vale incentivar
seu filho a se apresentar a novos moradores do prédio, chamando-os para
brincar. Ou convidar um colega recém-chegado à escola para uma tarde de
diversão. Sim, eventualmente eles entrarão em conflito. E, sim, eles talvez
sejam diferentes em trajetória, características, pensamentos e posses. Mas nada
disso deve servir como medida de comparação ou competição, e é isso que você
vai ensinar a seu pequeno. Tome sempre cuidado não só com o que fala mas com o
que pensa. Sonhar que seu filho será um grande vencedor na vida é válido, mas
nunca a qualquer custo. Pouco vale chegar lá se não houver justiça social para
que o outro também tenha a chance de chegar - e é por isso que a violência
urbana é um problema de todos nós.
6.
Diga não a qualquer desperdício
Certamente,
as festas de fim de ano fizeram roupas, brinquedos e aparelhos eletrônicos
novos desembarcarem na sua casa. É uma oportunidade para promover uma limpeza
geral nos armários e ensinar que certos acúmulos são desnecessários. Além de
gratificante, o ato de doar é pedagógico. "Ensina sobre desapego e mostra
que nada é insubstituível", diz Marina. Falar sobre o uso consciente de
água e energia elétrica e mostrar a importância de separar o lixo também são
lições essenciais. "É preciso educar os filhos para que aprendam a não
desperdiçar comida, tempo, amigos, afetos, talentos e oportunidades.
Sustentabilidade engloba tudo isso", afirma Blenda. O desafio é transmitir
um pacote completo de limites, valores, responsa¬bilidades e posturas cidadãs
em diferentes áreas - um pacote para ser carregado pela vida inteira.
Um
excelente dia para todos e até amanhã com muito amor.
Lady Chic
Por
Beth Vasconcelos
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