Olá
amigas, boa quinta feira para vocês.
Hoje
falaremos sobre como o feminismo já mudou o mundo e que basta defender que
todos tenham direitos iguais para ser uma delas.
A
reportagem: Carol Abreu - Edição: MdeMulher, com conteúdo GLOSS
Vejamos
os detalhes.
Diferentemente
do que a maioria das pessoas pensa, o feminismo não prega a superioridade da
mulher nem a negação da feminilidade. Trata-se, na verdade, de um movimento
social, político e filosófico que reivindica a igualdade de direitos entre os
sexos. Saiba como o feminismo já transformou o mundo em mais de dois séculos de
história:
No
trabalho
Situação:
Embora no Brasil as mulheres estudem mais do que os homens, elas têm menos oportunidades
de emprego, ocupam as piores funções e ainda ganham 26% a menos.
Já
conseguimos: Até os anos 60, por lei, as mulheres ainda precisavam de permissão
do marido para trabalhar fora. De lá pra cá, muita coisa mudou: o assédio
sexual no trabalho, por exemplo, passou a ser crime em 2001.
Ainda
falta: Cuidar dos filhos continua a ser visto como uma atribuição feminina. Uma
reivindicação importante é a criação de mais creches públicas, que permitam que
mães de todas as classes sociais trabalhem tranquilas.
Na
política
Situação:
Ainda que o cargo político mais importante do país seja ocupado por uma mulher,
a participação feminina nas esferas do poder é muito baixa. Decisões
importantes são tomadas exclusivamente por homens.
Já
conseguimos: No Brasil, o direito ao voto feminino foi autorizado por um
decreto de 1932 - mas o debate sobre outros direitos demorou para pegar.
Ainda
falta: Colocar mais mulheres no Congresso, nas assembleias e câmaras de
vereadores. Entre os deputados federais, nós não chegamos a 9%! Delegacias,
secretarias e outros órgãos de defesa das mulheres também precisam ganhar
força.
Em
casa
Situação:
A divisão do trabalho dentro de casa ainda é muito desigual! As mulheres fazem
23,2 horas de trabalho doméstico por semana. Os homens, 5,18. Isso sem falar
dos espancamentos (e até assassinatos) cometidos por homens que, em geral, não
aceitam a separação.
Já
conseguimos: No primeiro código civil brasileiro, o marido tinha o direito de
"devolver" a mulher se suspeitasse que ela não era mais virgem. E a
lei só mudou em 2001! Nos anos 70, o casamento deixou de ser obrigatoriamente
para sempre. Em 2008, foi aprovada a Lei Maria da Penha, que garante proteção
às vítimas de agressão doméstica.
Ainda
falta: O direito de decidir sobre os próprios úteros é uma demanda
superimportante do movimento feminista hoje. A proposta para isso é a
descriminalização do aborto, acompanhada de uma política de assistência.
O
que não é feminismo
1.
Machismo ao contrário
Machismo
é qualquer comportamento que coloque a mulher em uma posição inferior à do
homem. Feministas NÃO acham que as mulheres são superiores: a reivindicação é
pela igualdade de direitos.
2.
Negação da feminilidade
O
feminismo NÃO é contra a maquiagem, a depilação ou o salto alto. O que algumas
feministas denunciam é a imposição de um padrão de beleza. Elas defendem
simplesmente a autonomia: sair de minissaia, de batom roxo ou nunca mais
depilar as axilas devem ser escolhas da própria mulher - e de mais ninguém.
3.
Filosofia anti-homem
Feministas
odeiam os homens, certo? ERRADO! Feministas odeiam não ser donas do próprio
corpo ou receber salários menores só porque são mulheres. O problema não é com
eles; é com uma cultura sexista. Até porque muitas mulheres também são bem
machistas...
4.
Coisa de mulher
Muitos
homens são, SIM, feministas, e não é "por solidariedade". A cultura
machista também prejudica os homens, que ficam com o papel superultrapassado de
macho alfa provedor e insensível.
5.
Um movimento único
O
feminismo NÃO é um só. Assim como as pessoas são diversas, existem muitos tipos
diferentes de feminismo, com demandas e reivindicações específicas. Em comum, a
luta pela igualdade.
Aí
está meninas, os conceitos do feminismo que só ampliam a visão de cidadania de
nós mulheres.
Beijão
para todas e até amanhã.
Lady Chic
Por
Beth Vasconcelos
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