Olá meninas lindas do meu coração, um sábado glamouroso para todas.
Nosso encontro hoje celebra o texto do site Delas –
iG São Paulo onde se publicou que para nós, as mulheres, a insegurança do homem
atual atrapalha conquista. Vocês concordam?
A matéria afirma que correndo atrás das mudanças
econômicas e sociais que forjaram um novo perfil de mulher, o homem ainda não
redefiniu seu papel nos relacionamentos e na arte da sedução.
Vamos ver os detalhes.
“O manual de instruções da masculinidade para o mundo
moderno não funciona no mundo pós-moderno”. É assim que o psicanalista e
psiquiatra Jorge Forbes, presidente do Instituto da Psicanálise Lacaniana e do
Projeto Análise, resume o desafio enfrentado pelo homem atual. Em busca de
adequação às profundas mudanças econômicas e sociais que forjaram e continuam
forjando um novo perfil de mulher, o homem em construção ainda tem muito o que
aprender, especialmente na área da conquista, segundo especialistas e as
próprias mulheres. Mas elas também podem dar uma mãozinha.
A saída da mulher tradicional de cena ajuda na
entrada do novo homem. Especialmente na área dos relacionamentos amorosos. “É
uma tendência que vai se concretizando. Vejo, próximos de mim, alguns exemplos,
inclusive em faixas etárias mais avançadas -- 60, 70 anos”, diz a psicanalista
Marcia Neder.
“Aos poucos, percebo que os homens estão deixando
de lado suas máscaras”, concorda o psicanalista Luiz Cuschnir, especialista nas
questões do feminino e masculino e autor de “Por Dentro da Cabeça dos Homens”
(Planeta). Para Cuschnir, hoje eles têm permissão para se expor mais e podem
até mesmo afirmar que dependem de um relacionamento afetivo. “Mesmo que as
mulheres, na outra ponta, venham a considerá-los uns fracos por conta disso”,
observa.
As mulheres, de fato, têm muitas queixas. Em um
papo informal com a empresária Monica**, 50 anos, desquitada e mãe de dois
filhos na faixa dos 30 anos; a também empresária Mariana**, solteira, 35 anos;
e a stylist Sandra**, 40 anos, separada e mãe de um filho adolescente, a
conclusão geral é de que, para se adaptar à nova realidade do universo
feminino, o homem mudou. Para pior.
“Eles não se sentem mais na obrigação de fazer nada
pela mulher, já que ela é sua própria provedora. Com isso, acham que é
incumbência dela tomar a iniciativa também nos relacionamentos, convidar para
sair, fazer o primeiro movimento de aproximação. O homem não sabe o que quer,
fica esperando ser atacado e acha que isso é ser o ‘novo homem’”, reclama
Monica.
Se por um lado os homens podem se sentir um pouco
acuados ao encontrar mulheres que, nas palavras de Cuschnir, “abalam pilares”,
por outro, a independência e a autoestima elevada também podem arrebatá-lo.
As entrevistadas são unânimes em dizer uma coisa: a
mulher continua querendo ser tratada como mulher, ser conquistada, ser seduzida
por um homem forte e com personalidade. “A gente não espera menos do homem,
espera mais”, diz Mariana. “Mais identificação, mais cumplicidade”.
Seu estilo de sedução é eficiente?
Para Mariana, o homem tem de se esforçar para
demonstrar que está a fim. “Ele tem que me querer mais do que eu quero ele,
isso é meio caminho andado. Eu não saio com alguém que não esteja me querendo
muito”.
Se cada ponta, portanto, está esperando uma ação
específica da outra, a única forma de sintonizar as expectativas nestes tempos
sem regras definidas é apostar na comunicação. “Nada hoje em dia é preto no
branco. Há mulheres que se sentem cuidadas quando o homem paga a conta. Outras
ficariam ofendidas com isso. Precisa de muita conversa”, recomenda Marcia.
Conflito de gerações
Para Sandra, que optou por ir embora do Brasil e
morar na Califórnia, onde está namorando um homem também separado e com três
filhos, o problema no Brasil é um embaraço de gerações. “No Brasil, homens de
todas as faixas olham para as mulheres de 25. Fica meio difícil eles entenderem
as necessidades de uma mulher de 40. Os homens com idade parecida com a minha
querem mulheres com metade da minha idade”.
“Eu, como homem, não tenho coragem de encostar um
dedo em você, porque tenho medo da sua reação. Você é uma mulher que sabe
exatamente o que quer
Forbes explica que vivemos uma mudança de época --
o que só reforça a importância da comunicação clara e sem ruídos proposta
acima. Nestes momentos, a sociedade se divide em um grupo de vanguarda, que
assume a ponta, e o grupo reacionário, que tenta se defender da mudança. Para
ele, o interesse dos quarentões por mulheres com metade da idade deles vem daí:
uma certa segurança que é proporcionada ao reviverem o arquétipo retratado em
“My Fair Lady”, comédia com toques dramáticos estrelada por Audrey Hepburn que
mostra a trajetória de um intelectual mais velho determinado a transformar uma
jovem simples em uma dama refinada. “Mal sabem estes homens que estas garotas
da nova época podem não ter por eles o respeito que esperavam”, avalia Forbes.
Monica diz que já ouviu claramente de um antigo
conhecido: “Eu, como homem, não tenho coragem de encostar um dedo em você,
porque tenho medo da sua reação. Você é uma mulher que sabe exatamente o que
quer”. O que poderia ser um elogio à independência e determinação individual
pode se tornar um pesadelo quando os homens não respondem ao desafio à altura.
“A mulher em geral hoje diz o que quer, escolhe, não é mais apenas escolhida”,
diz Marcia.
E, tendo aprendido a falar por si, talvez agora só
falte à mulher ajustar a escuta. “Na prática, os homens ainda têm dificuldade
de falar sobre tudo isso, de por as cartas na mesa. Principalmente porque nem
sempre quem está do outro lado se mostra preparado para ouvi-los”, resume Luiz
Cuschnir.
*Com reportagem de Ana Ribeiro e Clarissa Passos
** Nomes trocados a pedido das entrevistadas
Obrigado Delas e equipe pelos excelentes
esclarecimentos.
Beijão para todas e até amanhã sempre com muito
amor.
Lady Chic
Por
Beth Vasconcelos
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