sábado, 12 de outubro de 2013

REDOBRANDO A ATENÇÃO COM A LIMPEZA


Olá meninas, feriado show para vocês.
Nosso bate-papo hoje é sobre o beabá da higiene íntima em cada fase da vida.
O crédito Carmen Cagnoni / Edição: MdeMulher com Conteúdo MÁXIMA.
Nessa oportunidade a autora afirma que cuidar da higiene íntima é uma tarefa rotineira dominada por todas as mulheres. Certo? Errado. Novas pesquisas revelam que muitas precisam redobrar a atenção com a limpeza para evitar infecções, coceiras e odores desagradáveis.
Vamos então ver mais detalhes.
Uma pesquisa inédita sobre hábitos de higiene íntima entre universitárias, coordenada pelo Departamento de Tocoginecologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), aponta muitos hábitos inadequados de higiene. O estudo, realizado com 367 estudantes com idade média de 22 anos, mostra que mais da metade (52,6%) das entrevistadas tomam um banho por dia e apenas 11,5% têm o hábito de usar duchas higiênicas (não as que são introduzidas na vagina). Somente 7,7% higienizam a genitália e a região perianal com água corrente após urinar e 12,6% depois da evacuação. Quase 90% das universitárias usam exclusivamente papel para higiene anal e, dessas, 19,2% fazem a limpeza de trás para a frente - um erro grave, já que o ânus é cheio de bactérias. No período menstrual, apenas 18% aumentam a frequência do asseio e 39% referem ter corrimento vaginal constantemente.
É por causa de erros como esses que muitas se queixam de coceira, fissuras e secreções frequentes, o que leva a uma doença. "As infecções mais comuns decorrentes da falta de higiene são a tricomoníase, causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis; a gardnerella, consequência da superpopulação de bactérias do tipo Gardnerella vaginalis; e a candidíase, originada pelo fungo Candida albicans", diz o ginecologista Paulo César Giraldo, professor da Unicamp. Os sintomas são parecidos: corrimento de cor amarelada ou esverdeada, odor desagradável, prurido, coceira e, às vezes, manchas brancas nas paredes da vulva. Entenda o que mais você precisa saber.
Beabá da limpeza
A recomendação é que a higiene seja feita de uma a três vezes ao dia; superior a três vezes no período menstrual; sempre após a relação sexual e a atividade física, de preferência com água e sabonete especial e usando só os dedos. Esponja, cotonete ou qualquer outro apetrecho deve ser descartado, pois pode provocar ferimentos. Os dedos oferecem maior mobilidade na hora da limpeza, o que é importante para lavar o clitóris e retirar o esmegma, resíduo branco formado por células epiteliais, óleo e gordura genital. Siga o passo a passo:
1. Usando água corrente morna, sabonete líquido específico e os dedos, lave a vulva (parte exterior do aparelho genital feminino) e a região pubiana (dos pelos) com movimentos delicados e circulares. Limpe também os sulcos interlabiais (entre os pequenos e os grandes lábios) e o clitóris. Depois, com os dedos na horizontal, a higiene deve ser feita da vagina para o ânus, para que não haja contato do material retal com o genital.
2. Faça a higienização por, no máximo, três minutos em cada área, evitando, assim, que a região fique ressecada.
3. Enxágue as áreas higienizadas com água.
4. Seque a região com toalha macia para evitar a proliferação bacteriana, fúngica ou viral.
Parceiro ideal
A vagina possui uma proteção natural promovida por bactérias do grupo Lactobacillus casei, que formam a chamada flora vaginal. Elas deixam o pH local ácido, evitando a proliferação de fungos e bactérias. Entretanto, os lactobacilos não garantem uma proteção 100% eficaz, por isso é necessária uma boa limpeza. Mas higiene íntima não significa higiene interna. Ela deve se concentrar na região da vulva, sem ser direcionada para a vagina. O nível de acidez pode ser comprometido pela água e por sabonetes alcalinos, eliminando a proteção natural e facilitando a proliferação de micro-organismos nocivos. "A higienização deve ser feita com sabonetes íntimos que tragam ácido láctico e, assim, mantêm o pH vaginal estável, prevenindo infecções", diz a ginecologista Rosa Maria Neme, do Hospital Israelita Albert Einstein (SP).
Se a rotina não permite o asseio constante e recomendado da área genital, limpe-a com lenços umedecidos (sem perfume) para que restos de papel e sujeira orgânica não se acumulem na vulva, causando irritação e coceira.
Mulher de fases
Confira como deve ser o cuidado em cada etapa da vida
Infância
A recém-nascida apresenta pH da pele em torno de 6,0 (ácido), que decresce até 4,5 por volta do quarto dia de vida. O uso de algumas substâncias na pele pode alterar esse pH, tornando-o mais alcalino e diminuindo a sua capacidade protetora.

O que fazer - Use sabonete com pH levemente ácido (4,2 a 5,5), em todo o corpo na hora do banho e após a evacuação. Seque sem fricção.
Adolescência
O organismo inicia a produção de estrogênio, elemento importante para o desenvolvimento dos mecanismos de defesa genital. Um deles é o pH ácido, que deve ser mantido em equilíbrio.
O que fazer - "Os cuidados com a higiene íntima da adolescente são semelhantes aos da mulher adulta. A jovem deve usar sabonetes íntimos adequados para regular o pH da região", explica Paulo César Giraldo.
Gravidez
A pele da vulva e a vagina sofrem influência dos hormônios produzidos, com mudanças no pH e na flora vaginal.
O que fazer - Utilize produtos hipoalergênicos e próprios para a higienização íntima.
Menopausa
Ocorre diminuição na produção dos hormônios femininos, o que torna comuns problemas como secura vaginal. Outra consequência é a redução dos lactobacilos e do ácido láctico, levando a irritações. A menor quantidade de hormônios e as mudanças próprias da fase tornam a pele da vulva mais fina e ressecada.
O que fazer - A limpeza deve ser mais delicada e é indispensável o uso de sabonete com pH levemente ácido, no máximo duas vezes ao dia, para evitar maior ressecamento e consequente prurido.
Até amanhã meninas.

Lady Chic
Por
Beth Vasconcelos

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