Amadas e amigas, lindo domingo para vocês hoje!
Neste dia lindo vamos refletir sobre como praticar
o desapego do que não acrescenta nada à nossa vida.
Nossa reflexão será fruto da reportagem de Patrícia
Affonso - Edição: MdeMulher e Conteúdo MÁXIMA.
Na oportunidade a autora inicia questionando: Quem
não tem guardado, há anos, um jeans que não serve mais, que atire a primeira
pedra. Mas apegar-se a coisas que não acrescentam nada pode virar doença. E nós
ensina o porquê.
Ok, as conexões com pessoas, objetos, lugares e
situações são importantes e fazem parte daquilo que somos. O problema é quando
algumas delas já não nos dizem mais respeito, porém o apego é tamanho que não
nos permitimos seguir sem elas. Resultado: as transformações necessárias para a
nossa vida acabam não acontecendo e ficamos estagnadas. "Muita gente
permanece na chamada zona de conforto, mesmo que seja pra lá de desconfortável.
Pode ser no emprego, nos relacionamentos, no casamento... Ainda que aquilo
incomode, nos agarramos à ideia de que já sabemos como lidar com a situação e
mantê-la sob controle. O novo, por sua vez, é imprevisível", diz a psicóloga
Márcia Luz (SP).
ALTO PREÇO
O apego excessivo pode ser muito perigoso. Mais do
que nos colocar diante da inércia, pelo medo de agir e de abrir mão de algo,
ele pode levar à obsessão e funcionar como um estímulo para o sofrimento.
"Sentir dor frente a alguma adversidade é um fato compreensível. No
entanto, ficar remoendo durante muito tempo uma dor ou lembrança faz mal tanto
para a saúde psicológica quanto para a física, favorecendo a incidência de
depressão, ansiedade e até câncer", explica Jô Furlan (SP), médico,
neurocientista e especialista em comportamento humano.
A psicóloga Márcia Luz concorda com o alerta e dá
exemplos de outros males que geralmente são impulsionados pelo excesso de
apego. "O desprendimento desencadeia a raiva, que eleva a produção de suco
gástrico, provocando úlcera e gastrite. Pessoas que têm apego emocional
internalizam as sensações e não conseguem manifestá-las, sentem-se sufocadas e
desenvolvem asma." Mais: quem não abre mão de nada costuma ter prisão de
ventre. Já o medo do novo tende a levar à síndrome do pânico - a pessoa se
confina dentro de casa, porque é o único ambiente onde ela controla tudo.
PONTO DE EQUILÍBRIO
Engana-se quem acredita que as pessoas
completamente descomprometidas, que não se apegam a nada nem a ninguém, são bem
resolvidas. "É preciso se permitir criar laços, viver uma grande história
de amor, por exemplo. Fugir disso por medo de se machucar tende a levar a uma
jornada incompleta", diz Márcia. Então, qual é a recomendação? Buscar a
moderação; afinal nenhum excesso é saudável. A boa notícia é que todo mundo
pode desenvolver a habilidade de se desapegar um pouco mais. E a primeira
medida para isso é dar a devida importância a cada coisa, sem extrapolar no
julgamento. "Temos que valorizar a vida e não o que obtivemos ao longo
dela. O ser humano foi criado para seguir adiante, evoluir. Sendo assim, a
felicidade não pode significar um fim, um local no qual você se acomoda e não
quer sair. Ela deve ser um caminho, que nos impulsiona sempre", argumenta Jô
Furlan. Fazer pequenas mudanças no dia a dia ajuda a se desapegar, abandonar a
zona de conforto e, de quebra, beneficia o cérebro. "Quando fugimos do
habitual e encaramos uma novidade, obrigamos a mente a estabelecer novas
conexões e, assim, ativar áreas que estavam subaproveitadas", completa Jô
Furlan. E cá entre nós, vale a pena substituir o receio da novidade pela
coragem de ser surpreendida. O desconhecido pode se tornar uma agradável
descoberta.
QUESTÃO DE PRÁTICA
Demonstrar apego diante das situações não é sinal
de que você está fadada a repetir o comportamento ano após ano. Acredite: somos
capazes de reprogramar as nossas emoções e, assim, aproveitar a vida de um
jeito mais leve. "Enquanto o apego é como um mel nas mãos, que faz tudo
ficar grudando, o desapego é como ter mãos livres e limpas. Podemos apanhar um
objeto e depois colocá-lo de volta no seu lugar, cientes de que nada pertence
ao ser. Nos libertamos de amarras", pontua a monja Coen, fundadora da
Comunidade Zen Budista (SP). Pronta para fazer pequenas, mas poderosas mudanças
na sua vida?
- Revise o seu guarda-roupa uma vez por ano.
Se nas últimas quatro estações você não usou uma
peça, é porque ela não é importante. Doe para quem precisa! E dê uma roupa
sempre que comprar outra.
- Estimule a independência dos seus filhos.
Elogie quando eles tomarem decisões sozinhos e
pense na possibilidade de um intercâmbio. Essas experiências contribuem para o
crescimento.
- Doe brinquedos.
Aproveite que o Dia das Crianças vem aí e proponha
aos pequenos que separem alguns itens para alegrar a vida de quem precisa.
- Participe de grupos de troca ou bazares.
Existem lugares (inclusive online) que propiciam a
permuta de roupas, livros, objetos etc.
- A cada seis meses mude algum móvel de lugar.
Isso faz a energia circular e cultiva o gosto pela
novidade.
- Proponha ao parceiro que vocês revezem o lado da
cama.
A atitude é simples, mas ajuda a alterar a rotina e
exercita a flexibilidade.
- Desligue o piloto automático.
Experimente tornar cada dia diferente. Ideias:
escolha um caminho novo para chegar ao trabalho, use o relógio no pulso que não
está habituada, comece o banho ensaboando uma parte diferente do corpo. Tudo
isso abre espaço para o novo!
Desde já meu agradecimento ao M.de Mulher, à Diva Patrícia Affonso e a toda equipe dos articulistas da casa.
Um beijão no coração de todas as amigas do meu
coração.
Lady Chic
Por
Beth Vasconcelos
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