Oi
gatas lindas do meu coração, um domingo maravilhoso para vocês.
Nosso
encontro hoje traz um alerta! A preocupação com dieta pode passar dos limites e
se tornar uma neurose
O
crédito é de Tathiane Forato e Isabela Noronha Edição: M de Mulher Conteúdo
NOVA.
A
autora afirma que enxugar 2 quilinhos é desejo de todas. Mas, se o assunto
dieta aparece em todas as conversas e rola culpa por comer, atenção. Pode ser o
sinal de uma nova síndrome que cresce entre as mulheres.
Vamos
ver os detalhes.
Sua
amiga só fala na dieta da moda e já jurou amor ao grão da vez. Não está fora de
forma, mas sabe quantas calorias são necessárias para somar 1 quilo na balança
e repete mentalmente como um mantra a descoberta científica da semana:
"Corte os carboidratos", "Não beba nada durante a refeição"
ou "Fuja dos alimentos industrializados".
Cá
entre nós, nem precisava de tanta neura, afinal usa manequim 38 ou 40 e tem o
corpo bonito de uma mulher normal. É o caso da veterinária Mariana Torres, 29 anos.
Por mais que saiba que é magra (tem 1,67 metro e 53 quilos), carrega a
preocupação com o corpo para qualquer círculo social.
"No
bar, no trabalho, em casa, meu assunto sempre cai em dieta, mesmo que eu esteja
comendo um pastel na hora", diz. Ainda assim, o costume passou
despercebido pela paulista até ela receber alguns puxões de orelha.
"Amigos e familiares começaram a me dar toques de que eu só falava disso,
que estava ficando chata", diz.
Ela
experimentou todas as dietas do momento, mas nunca seguiu nenhuma por mais de
quatro dias. A ida à academia também perde quase sempre para a preguiça - o que
não faz com que ela deixe de se martirizar com aquela gordurinha na cintura.
Você se reconhece ou logo veio à mente alguma amiga? Pois é, essa nova síndrome
está se alastrando entre as mulheres do mundo todo, principalmente no grupo das
com 20 a 30 e poucos anos.
O
buraco é mais embaixo
É
até estranho pensar que, mesmo com o sucesso de campanhas que valorizam a
beleza natural, cheguem cada vez mais aos consultórios pacientes com uma visão
distorcida do próprio corpo. "Esse comportamento é ainda mais frequente
entre as mulheres nascidas a partir dos anos 80", diz a psicóloga Pamela
Magalhães, do Programa de Atenção aos Transtornos Alimentares, da Unifesp. É
uma geração mais perfeccionista, individualista, ansiosa e insegura.
Para
quem olha de fora, ouvir essa mulher reclamar que precisa perder peso pode
parecer frescura ou só mais um pedido de confete, mas não é bem assim. Para
ela, o elogio e a sensação de aceitação são tão bons como se tivesse realmente
enxugado os quilinhos que vê a mais.
Quem
vive essa busca frenética de recursos para emagrecer luta também contra aquilo
que menos tolera nela mesma: a dificuldade de controle. Por isso, nunca
consegue mudar o que acha que precisa para ficar tão magra quanto pensa que
deve ser.
"Ao
mesmo tempo que essa mulher cria uma expectativa por realizar grandes feitos, a
insegurança não a deixa persistir em nenhuma meta que estipula", diz
Heloisa Schauff, psicóloga de São Paulo. Ela falta na academia, come junk food
e não nega uma happy hour com as amigas. Depois desses "deslizes", a
mente da publicitária Ana Dellosso, 23 anos, de São Paulo, é tomada pela culpa.
Com
1,70 metro e 61 quilos (um peso normal, segundo a Organização Mundial da
Saúde), ela vive um dilema interno: não gosta do seu reflexo no espelho, mas
não consegue maneirar na comida. "A atitude de colocar tanta pressão sobre
si e a culpa são as formas que elas encontram de se punir e sabotar o
momento", diz Pamela.
Logo,
como sabem que estão boicotando seu projeto, não conseguem se entregar a uma
satisfação plena. E agindo assim nunca vão se sentir totalmente satisfeitas com
nada - muito menos consigo mesmas.
Quase
já é muito: quando a neura passa do limite
Para
sofrer de um transtorno alimentar, não é preciso se encaixar no diagnóstico de
anorexia ou bulimia - nem ser pele e osso. A psicóloga americana Jennifer
Thomas, autora de Almost Anorexia ("Quase anorexia", em tradução
livre) defende que mulheres que somam uma fissura por passar horas na academia
ao interesse exagerado em dietas podem sofrer de um distúrbio que já é mais
frequente nos EUA do que os dois mais famosos: a quase anorexia, que aparece
quando a preocupação com a comida e a forma física vira obsessão.
Lady
Chic
Por
Beth
Vasconcelos
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