Oi gatas, lindo dia para vocês.
Hoje eu apresento do Uol com Isabela Leal como agem
as colorações de cabelo sem amônia.
Vejamos os detalhes.
Foi-se o tempo em que uma coloração tinha apenas o
efeito de colorir os cabelos. Hoje, as formulações oferecem benefícios de
tratamento agregados como emoliência, nutrição, brilho e, claro, hidratação,
que protege os fios contra o ressecamento, um dos principais "efeitos
colaterais" do processo de tingir, mesmo quando se usa henna.
E, nessa evolução da indústria, uma das grandes
conquistas foi conseguir excluir a amônia (utilizada para abrir as cutículas e
facilitar a penetração do pigmento no córtex, parte interna da haste capilar)
das fórmulas, inovação que ainda está dando os primeiros passos, mas já dá
sinais de que se instala uma nova era; principalmente quando se trata das
tinturas permanentes – já que as temporárias não contêm mesmo a substância –
algo que não se pensava há pouco tempo atrás.
Um exemplo dessa inovação é a coloração permanente
Olia, de Garnier, lançada em setembro, na qual o fabricante substituiu a amônia
por uma combinação de óleos; a descoberta, além de evitar o desgaste dos fios
provocado por essa substância, ainda hidrata os cabelos. "Trata-se de uma
nova fórmula, à base de óleos. Pesquisadores descobriram que combinar as moléculas
dos pigmentos com óleo pode maximizar os efeitos da coloração no cabelo e isso
significa que a amônia e seu cheiro forte não são mais necessários",
explica Patricia Pineau, diretora de Comunicação Científica da L'Oréal Researh
& Inovação.
Outra boa notícia: a ausência de amônia na fórmula,
de um modo geral, não reduz o desempenho da tintura, em relação à capacidade de
colorir. Ela cobre totalmente os fios brancos; clareia tons (dependendo do
fabricante esse poder de clareamento pode ser maior ou menor); e tem de fato
uma duração prolongada, o que também vai variar de acordo com cada fórmula e
marca.
As colorações temporárias
Se as tinturas permanentes deram esse salto, as
colorações temporárias – tonalizantes, semipermanentes e henna – sempre
estiveram na categoria "sem amônia". Para colorir os cabelos, elas
depositam pigmento na camada superior dos fios e esse sai com as lavagens.
"Um tonalizante dura, em média, até 24 lavagens; a coloração
semipermanente, aproximadamente, de 6 a 8. Mas esse prazo pode variar de acordo
com o fabricante, por isso é importante verificar na embalagem", explica
Nívea Ferreira, educadora da Wella Professionals. A henna também tem suas
variações, como explica Clelia Angelon, fundadora da Surya Brasil: "A
versão em pó dura cerca de 30 lavagens e a Henna creme, em média, de 8 a
15".
Por serem mais suaves, as colorações temporárias
têm limitações para cobrir os fios brancos. "Vai depender do tipo de fio.
Se for um cabelo normal, de espessura média ou fina ou mesmo os afros, a
cobertura chega até a 100%. Nos fios grossos, como o das orientais, e se tiver
muito branco, o efeito é de uma maquiagem, cobrindo cerca de 50%. Já o efeito
da henna é bem parcial – com exceção dos tons mais escuros, esses cobrem um
pouco mais", diz o cabeleireiro Julio Crepaldi, do salão Galeria, de São
Paulo. "Tonalizantes e tintura semipermanentes, sem amônia, cobrem
totalmente os fios brancos, desde que a cor escolhida para tingir seja bem
próxima ao tom dos fios. A henna vai dar uma transparência, como se fosse um
efeito de luzes", afirma o cabeleireiro Glecciano Luz, do Rio de Janeiro.
Cautela com os alisados artificialmente
Ao contrário do que muitos pensam, as colorações
que saem com as lavagens, mesmo sem conter amônia, exigem cautela para serem
aplicadas nos cabelos alisados ou relaxados. Tudo vai depender da química
utilizada para alisar. "Se o relaxamento foi feito com tioglicolato de
amônia, pode usar coloração semipermanente, sem amônia; e também as
permanentes, que contêm amônia. Nos cabelos alisados com guanidina ou hidróxido
de sódio não é indicado usar nenhum tipo de coloração com amônia; e para
aplicar um tonalizante ou henna é preciso uma análise criteriosa, de um
colorista muito bem preparado e treinado. Caso contrário, pode ocorrer uma
incompatibilidade química, que leva à quebra dos fios", declara Nívea
Ferreira.
Fios rígidos: respeite o intervalo de reaplicação
Em longo prazo, os tonalizantes, tinturas
semipermanentes e a henna podem deixar os fios enrijecidos, por conta do
acúmulo de pigmento nas camadas superficiais. "Com o tempo, o cabelo pode
ficar rígido, mas não há relatos de quebras provenientes de uso excessivo. De
qualquer jeito, o ideal é reaplicar o produto só depois que o cabelo estiver
desbotado. Perder a cor é sinal de que a camada de pigmento foi embora, então
para que o cabelo não fique enrijecido é bom respeitar o intervalo de
reaplicação, indicado na embalagem", diz Nívea Ferreira. "A henna
também traz essa sensação de que os cabelos engrossam e ficam duros, por causa
do acúmulo de pigmento nos fios. Uma boa solução, nesse caso, é aparar as
pontas regularmente, para evitar fios espigados", diz Glecciano Luz.
Gestantes, é bom consultar o médico
Quanto ao uso das colorações sem amônia, sejam elas
permanentes ou temporárias, por gestantes, vai depender do médico que acompanha
o pré-natal; uns costumam liberar, outros, não. Por segurança, é melhor
consultar o ginecologista antes de lançar mão desse recurso durante a gravidez.
Um beijão no coração de todas as amigas e até
amanhã.
Lady Chic
Por
Beth Vasconcelos
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