domingo, 26 de maio de 2013

COLOCANDO EM PERIGO A AUTOESTIMA E A FELICIDADE


Olá amigas e companheiras, domingo show para vocês.
Hoje nosso encontro reflete sobre o texto de Camila Gomes Conteúdo BOA FORMA, que vem nos indagar se somos compulsivas. Vocês seriam?
A autora afirma que mulheres compulsivas no jeito de se apaixonar, comer e comprar colocam em perigo a autoestima e a felicidade. Ela também nos ensina a reconhecer os sinais de perigo, nos mostrando por fim como é possível retomar as rédeas da vida
Vejamos os detalhes.
Na novela Salve Jorge, finda recentemente, a delegada Helô, interpretada por Giovanna Antonelli, descontava suas frustrações nas compras: quanto mais séria a briga em casa ou o pepino no trabalho, maior era o estouro na fatura do cartão de crédito. Enquanto isso, Aída, papel de Natália do Valle, se desdobrava (e pagava vários micos) controlando cada passo da vida do namorado, que tinha verdadeiro pavor das cenas de ciúme que ela aprontava.
Fora da televisão, comportamentos desse tipo, descontrolados, têm consequências piores do que as mostradas na ficção. E se manifestam de diversas maneiras: comprar, comer, se exercitar, navegar na internet e até fazer sexo, quando vira compulsão, provoca um estrago emocional bem maior do que o alívio imediato que traz.
Como saber se você é compulsiva
Mas como saber se um hábito que para você é natural, como malhar, transar e trabalhar, está ganhando tons de compulsão? Para Sérgio Wajman, psicoterapeuta de São Paulo, a resposta está no impacto que a atitude excessiva tem na vida da pessoa. "A compulsão implica que outras atividades ou interesses se tornem secundários ou sem importância", fala.
Alguém que abre mão do lazer e dos momentos com a família para ficar horas a mais no escritório; que troca programas com a turma, perde horas de sono e atrasa tarefas no trabalho para ficar navegando na internet; ou que transa com o maior número de caras que consegue sem controle e vontade pode estar passando do limite. Ainda que nem imagine.
Compras, dívidas e cia.
A cultura em que a gente vive, consumista, imediatista, exibicionista, é um estímulo ao exagero, qualquer que seja ele. "É um incentivo para a dificuldade de controlar os desejos, adiar vontades, ficar sem alguma coisa que (pelo menos supostamente) vai trazer prazer", diz Sérgio Wajman. O problema é que, no caso das compulsivas, essa satisfação dura pouco tempo. Para as compradoras, o endividamento não demora a bagunçar as relações familiares, afetivas e profissionais.
Meu bem, meu mal
Sentir ciúme é natural, em algum grau e algum momento, e acomete todo mundo. O erro está em achar que ele soma sentimento ou acrescenta charme a um relacionamento. Para o psiquiatra Eduardo Ferreira-Santos, o ¬ciúme indica que algo está errado com a pessoa que o sente - nesse caso, geralmente insegurança ou medo de perder o objeto do amor. Exatamente como faz a passional Aída, de Salve Jorge, que demonstra o amor de forma desesperada, chega a seguir o namorado e xeretar o celular dele. Eduardo Ferreira-Santos é categórico. "Saudável é o cuidado com o outro; o ciúme é negativo e egoísta, pois revela apenas a preocupação consigo mesma."
Segundo os especialistas, as compulsões não têm cura. O tratamento começa reconhecendo que você precisa de ajuda. Uma saída é procurar um grupo de apoio - existem vários, voltados para compulsões específicas e que reúnem pessoas na mesma situação, o que contribui para enfrentar o problema. Mesmo sujeita a recaídas, é o start para retomar o comando da própria vida.
Como se livrar de uma compulsão
Admita o problema
É preciso se conhecer bem para perceber quando o hábito nocivo começa a comandar você, e não o contrário. Escutar os amigos e a família também é fundamental, já que a cegueira para a doença é um denominador comum em vários tipos de compulsão.
Entenda as causas
As causas do transtorno são várias: hereditariedade, personalidade, história de vida e até alterações nos neurotransmissores. Algumas pessoas têm um déficit de dopamina (substância que garante o bem-estar) e, quando experimentam determinadas situações de prazer, que elevam os níveis de dopamina no cérebro, podem acabar ficando viciadas, dependendo do seu estado emocional.
Fuja do perigo
Manter distância de lugares ou situação que desencadeia um episódio de compulsão é um jeito de evitar tentação. Mesmo que diga a si mesma que vai se segurar, é comum a pessoa simplesmente não conseguir controlar o acesso.
Busque ajuda
Se abrir sobre o problema com uma amiga, um parente, um grupo de apoio ou um psicólogo é determinante para escolher o melhor tratamento.
Tudo na vida tem solução, se formos capazes de renunciar antigas fórmulas e conceitos.

Beijão para todas e até amanha.

Lady Chic
Por
Beth Vasconcelos

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