Olá queridas amigas do Blog, saúde para todas.
Nosso assunto para reflexão desta sexta feira vem do site Delas, através do texto de Renata Losso – Especial para o iG São Paulo, sobre a situação do namorado dormir na casa da moça.
O artigo indaga: “Meu namorado pode dormir em casa?”
A resposta para esta pergunta varia entre os pais, mas ser coerente consigo mesmo sem abrir mão dos limites é primeiro passo para encontrar a melhor solução
Vamos ver os detalhes.
Para a psicóloga Elizabeth Monteiro, autora do livro “Criando adolescentes em tempos difíceis” (Summus Editorial), enquanto muitos pais permitem que os filhos namorem em casa para não parecerem caretas, outros proíbem, mas não têm certeza de estarem tomando a atitude certa. A melhor decisão a ser tomada se baseia na coerência. “Os pais devem agir de acordo com o que acreditam e com o que os deixa confortáveis”, afirma Elizabeth.
Mas existe uma tendência. Uma pesquisa realizada pela Viacom International Media Networks em 11 países, em 2011, revelou que 79% dos entrevistados se consideram mais próximos dos filhos do que os próprios pais o eram. Para o psicoterapeuta Leo Fraiman, o índice reflete como os pais atuais preferem ser mais abertos a correr o risco de ouvirem mentiras.
A designer de interiores Vanessa Graton, mãe de Lucas, 16, conversa abertamente sobre sexo com o filho, que tem permissão para dormir em casa com a namorada. Mas quando pegou uma lingerie no sofá ao chegar em casa certo dia, teve uma conversa séria com Lucas. “Não preciso participar tanto assim, né? Não dá para achar que se pode andar só de calcinha no meio da casa, eles têm que ficar no quarto dele e olhe lá”.
Não existe uma idade ideal para receber o namorado da filha em casa ou deixar que o filho durma na casa da namorada. A decisão depende dos pais e do quanto eles conhecem seus filhos. “A liberação não deve ter conotação cronológica, mas sim estar relacionada com os níveis de responsabilidade e consciência”, diz o psicólogo Caio Feijó, autor do livro “A Sexualidade e o Uso de Drogas na Adolescência” (Novo Século Editora). Algumas meninas de 15 anos, por exemplo, já são bem maduras. Outras só ficam responsáveis mais tarde.
Junto às conquistas, adolescentes devem receber responsabilidades, estimulando o amadurecimento. “Se o jovem quer dar esse passo, vale também envolvê-lo em outras rotinas, como fazer as compras de supermercado e lavar o carro. A liberdade traz ônus e bônus”, recomenda Leo Fraiman.
As regras também devem ser claras, mediadas pelo bom-senso. Casa dos pais não é motel e, se for para dormir com o namorado ou namorada, que seja alguém que os pais já conhecem e que tem uma relação de respeito e companheirismo não só com o filho, mas com a família também.
Biologicamente, as meninas estão prontas para a vida sexual a partir da primeira menstruação. Embora nem sempre a maturação psicológica acompanhe a física, os pais tendem a fazer marcação muito mais prolongada sobre elas do que sobre os filhos.
Com os meninos, a história é outra. “Historicamente, os pais não têm preocupações maiores com relação às atividades sexuais do filho. Somente o orientam para usar preservativo”, diz Caio Feijó.
Para Leo Fraiman, este é um erro grave, embora comum. “Isso é uma atitude sexista, não é justa. Ensina a menina a ter medo de sentir prazer e de falar a verdade”, condena.
A médica hebiatra Mônica Mulatinho, da Cia do Adolescente e Família, chama a atenção para outro ponto: é preciso deixar os filhos com a autoestima em dia. Um adolescente carente pode tomar atitudes equivocadas com mais facilidade. Se resolver transar com alguém que mal conhece e tomar um fora depois, ele pode sofrer em dobro pela falta de preparação. Hoje fala-se muito em sexualidade, mas também é preciso falar de intimidade, entrega e compromisso.
E vocês amigas queridas, estão preparadas para deixar os namorados de suas filhas dormirem no quardo delas?
Beijão para todas e até amanhã.
Por
Beth Vasconcelos
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