Olá amigas queridas do meu blog, saúde para todas neste lindo sábado de sucesso.
Hoje a nossa reflexão será sob o artigo de Verônica Mambrini – iG São Paulo, sobre a hora de terminar a relação.
A autora nos ensina a ler os sinais indicadores de que a crise não tem mais volta e o relacionamento de fato acabou.
Desde já agradeço a Verônica Mambrini e o Delas, pela concessão da divulgação em nosso espaço.
É só uma crise grave ou o relacionamento acabou? Nenhum casal está livre de ver-se às voltas com essa pergunta.
Em nome da paixão dos primeiros tempos, da vida construída a dois ou dos projetos de um futuro comum, os pares investem tempo e energia tentando salvar a relação. Nessa hora valem todos os recursos na tentativa de recuperar a sintonia e reavivar o amor, intermediação de amigos e da família, terapia de casal, uma segunda lua-de-mel.
Existe um momento, porém, em que nada parece funcionar mais. E aí, como saber que é mesmo hora de terminar a relação?
“É quando o ressentimento fica maior do que a esperança”, acredita Lidia Aratangy, psicóloga e terapeuta de casais.
A falta de esperança e essa sensação de fim da linha sempre têm um detonador, não afloram “do nada”. “Pode ser a reconquista da individualidade, a retomada da vida profissional, uma terceira pessoa. Mas esses elementos só levam a uma crise irreversível quando a relação já está vulnerável”, afirma a psicoterapeuta Margarete Volpi, especializada em terapia familiar e de casal.
Os especialistas consultados pelo Delas apontaram alguns indícios para ajudar você a descobrir se a crise do seu relacionamento tem volta ou se está na hora de assumir a responsabilidade da separação:
Quando o casal ainda briga e discute, Lídia acredita que há salvação. “O contrário do amor não é raiva, é a indiferença. O sintoma mais grave do fim talvez seja quando nada que o outro faz tem importância, nada machuca, nada magoa, nada tem importância”, acredita a psicóloga.
“Se o casal vai para uma terapia de casal em vez de ir para um advogado, é porque tem alguma coisa ainda para salvar”, afirma.
Lídia acredita que sentimentos vivos, ainda que negativos, como a mágoa, podem ser transformados e trabalhados. “Ressentimento é frio, gelado. É como se ele transformasse o casal em personagens do seu próprio passado.”
A ironia, o sarcasmo e a falta de respeito
Ironia e sarcasmo transformam qualquer discussão em uma briga. Ao contrário de uma discussão, na qual você entra aberto pelo menos para escutar, "na briga você só fala. Briga é unilateral e acusatória, fecha automaticamente os ouvidos do outro", avisa Lídia.
Margarete concorda, “não conseguir conversar com o outro de forma madura, sem indiretas e ironias, é um sintoma de que o diálogo não funciona mais e a falta de diálogo aponta para brigas constantes, falta de respeito, palavras e atitudes agressivas, negligência com o outro.” Se o casal chegou a esse ponto, o respeito já acabou faz tempo.
É preciso diferenciar relacionamento de casamento. “Muitos casais passam a vida sem perceber que não fazem mais nada enquanto casal. Muitos se dão conta disso apenas na separação. Estão num mesmo rol de amigos, são uma família, mas não partilham mais interesses ou atividades, não curtem ver um filme juntos ou saber o que o outro pensa de um livro ou sua opinião sobre um artigo de jornal. A vida em família e amigos em comum pode mascarar o fato de um casal não ter vida a dois”, explica Margarete.
“Quando você está com alguém, quer partilhar as coisas da sua vida com a pessoa”, reforça Margarete Volpi. Ela exemplifica: é normal querer sair para jantar sem a pessoa de vez em quando, mas existe um problema quando esse tipo de atitude se torna um padrão freqüente.
“As afinidades e o gosto de cada um mudam. O casal precisa de vez em quando comparar os cardápios da vida de cada um. Mudam os cardápios, mudam as fomes”, diz Lídia. Mas se o casal tem prazer ainda na companhia um do outro, isso é superável.
Ausência de valores e objetivos comuns
Ao longo dos anos, as pessoas vão se transformando. Em um momento de crise, o casal pode se dar conta de que os valores e objetivos de vida de cada um foram se tornando muito diferentes. “O complicado é que as mudanças nem sempre acontecem ao mesmo tempo para os dois, tampouco ocorrem do dia para noite. As diferentes visões de mundo vão se somando sem serem compartilhadas. Literalmente, vão sendo varridas para baixo do tapete, o que não é bom”, acredita Lídia.
Nessa hora, ou o casal faz um esfoço para enfrentar as brigas necessárias que vão ajustar as diferenças ou reconhece que não existem mais condições para lidar com as distâncias que foram se criando.
Falta de sexo ou contato físico
“Casal que não consegue nunca ter contato físico dificilmente tem uma vida sexual madura. Existe casamento sem sexo, mas não existe relação a dois sem sexo”, afirma Margarete. “Casamento é uma estrutura, uma sociedade de bons amigos, que não tem a ver com o sentimento em si, com a entrega. O relacionamento a dois é diferente, é parceria, cumplicidade, intimidade, afinidade para algumas coisas”, afirma a terapeuta. “Se faltam os sinais afetivos visíveis, como o toque, o beijo, o casal se distancia. E não valem beijinhos sociais, na frente dos outros, se na intimidade isso não existe.”
Falta de confiança
É possível superar até mesmo crises graves, como uma traição . Mas se o casal tenta seguir adiante sem que os problemas tenham realmente sido colocados no passado o ressentimento pode aflorar a qualquer momento. “É claro que a capacidade de superar problemas depende de cada casal e não dos fatos concretos, ou seja, não tem nada a ver com o quanto de coisas ruins aconteceu na vida dos dois, mas com a forma como cada um aguenta e lida com desejos e expectativas não atendidos”, explica Lídia.
Quando só um quer salvar a relação
“Brigas que começam a ficar repetitivas podem não ser uma bobagem. Eventualmente, mascaram alguma coisa importante”, afirma Lidia. Queixas recorrentes do parceiro podem significar que o casal estatelou numa posição em que um não se sente levado em consideração, por exemplo. Falta de disposição para ceder, discussões cada vez mais circulares, agressivas e frustrantes também são sinais de que um dos parceiros não está tão empenhado em salvar a relação. “É preciso fazer um esforço para ser claro e chegar no conteúdo mais profundo das críticas: o que o parceiro está realmente querendo dizer?”, diz Lídia.
Em uma relação tão íntima como a dos casais, muitas vezes, apenas com a ajuda de um profissional essas questões ficam claras. Esses ‘sintomas’ ou indícios raramente acontecem sozinhos ou isolados, por isso, não hesite em buscar auxílio especializado se sentir que seu relacionamento se encaixa na maioria das situações descritas acima.
Um grande beijo para todas e até amanhã.
Por
Beth Vasconcelos
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