Olá queridas amigas do Lady Chic Blog, saúde e prosperidade para vocês.
Hoje eu apresento para vocês um artigo de Laura Tavares, crédito do site Minha Vida, onde se demonstra os riscos das terapias hormonais antienvelhecimento.
A autora afirma que os hormônios podem causar ganho de peso e até o desenvolvimento de um câncer.
Vamos aos detalhes.
Para as manchas na pele existe maquiagem. Para os cabelos brancos, tintura. Para as rugas, cremes. Mas mesmo todo esse avanço da indústria cosmética é incapaz de reverter ou impedir o envelhecimento. "Envelhecer é um processo natural do corpo e até hoje não existe nenhum tratamento ou substância capaz de mudar esse fato", afirma o geriatra Salo Buksman, da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).
Mas a obsessão pela juventude começou a popularizar as chamadas terapias hormonais antienvelhecimento, condenadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). "Elas pregam que a diminuição dos níveis hormonais no corpo, que começa por volta dos 30 anos, seja a responsável pelo envelhecimento, enquanto que na literatura médica temos que o envelhecimento é o responsável pela diminuição dos hormônios", afirma o especialista.
Assim, sem qualquer embasamento, são receitados hormônios que vão desde a testosterona até a gonadotrofina coriônica humana, produzida durante a gestação. Conheça os perigos a que os adeptos desse tratamento estão expostos:
Câncer
Alguns cânceres, como o de próstata e o de mama, são considerados hormônio-sensíveis, ou seja, podem ter seu desenvolvimento estimulado pelos níveis hormonais no organismo. Neste caso, pela testosterona e pelo estrógeno, respectivamente. "Ainda não se sabe se eles são capazes de gerar um tumor, mas, certamente, contribuem para que lesões pré-existentes se desenvolvam", afirma o endocrinologista Amélio Godói Matos, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Sabe-se ainda que pessoas com níveis de elevados do hormônio do crescimento (GH) também apresentam um risco maior de ter câncer de intestino.
Problemas cardiovasculares
Alguns hormônios, como a testosterona e o hormônio do crescimento (GH), são bastante populares em academias por levarem ao ganho de massa muscular. O problema é que eles também aumentam o risco de problemas cardiovasculares. "Tanto a testosterona quanto o GH em excesso levam ao aumento de todo o tecido muscular do organismo, inclusive do coração, causando hipertrofia cardíaca", afirma a endocrinologista Claudia Chang, doutoranda em Endocrinologia e Metabologia pela USP. Há ainda a procaína, anestésico que promete emagrecer, mas, na verdade, leva ao aumento da pressão arterial e dos batimentos cardíacos.
AVC
O uso de testosterona a longo prazo também está associado a um risco cinco vezes maior de AVC. "Ela aumenta o número de células vermelhas no sangue, que são responsáveis pela coagulação, o que torna o plasma mais viscoso", diz o endocrinologista Amélio. O problema é que a alta dosagem pode resultar na hipercoagulação sanguínea, podendo entupir um vaso e levar a um derrame. O caso é ainda mais grave quando o paciente sofre de apneia do sono. Isso porque a má oxigenação sanguínea, decorrente dos períodos em que a respiração é interrompida, provoca uma produção maior de células vermelhas que fazem o transporte do oxigênio para os diversos tecidos do corpo.
Atrofia dos testículos
Há muito tempo, especialistas tentam desenvolver uma pílula masculina capaz de inibir a produção de espermatozoides pelos testículos. "Um hormônio que tem esse efeito é a testosterona, mas ela também leva à atrofia dos testículos", afirma o especialista Amélio. Por isso, o projeto nunca foi para frente. Assim, receitar altas dosagens de testosterona apresenta mais esse efeito colateral. "Ela cumpre o papel de inibir as células germinativas, que compõem 80% dos testículos, mas faz com que seu volume diminua".
As terapias hormonais também costumam receitar a cortisona, medicamento à base do hormônio cortisol altamente perigoso quando usado fora de suas indicações. "Um dos efeitos colaterais da cortisona é o aumento da proliferação de células adiposas, especialmente na região central do corpo", afirma o endocrinologista Amélio. O uso prolongado pode resultar ainda na síndrome de Cushing, em que o depósito de gordura se dá no tronco, no pescoço e no rosto, enquanto que braços e pernas perdem a musculatura e ficam mais finos. A consequência disso é a fraqueza do paciente, principalmente ao caminhar ou subir escadas.
Problemas hepáticos
Como o fígado é responsável pela metabolização de todos os medicamentos, ele pode ser sobrecarregado com a ingestão de altas doses de hormônios ou remédios. "A aplicação injetável tem ação direta, então, o perigo maior é em relação àqueles com indicação de consumo via oral, como um tipo de testosterona usada no passado", afirma a endocrinologista Claudia. Isso acontece porque as enzimas do órgão nem sempre dão conta de todos os hormônios consumidos, gerando nódulos que podem evoluir para um câncer.
Apneia do sono
De acordo com a endocrinologista Claudia, o uso do hormônio do crescimento (GH) em excesso pode levar ao inchaço dos órgãos. Entre eles, a língua, problema conhecido como macroglossia. "Isso pode não só originar um quadro de apneia do sono, já que a passagem do ar fica bloqueada, como ainda pode piorar um caso pré-existente da doença". Esse agravamento também pode acontecer com altas dosagens de testosterona. E, como vários estudos já mostraram, a apneia do sono é fator de risco para diversas doenças do coração, uma vez que interrompe, ainda que por alguns segundos, a oxigenação do sangue.
Virilização
Crescimento de pelos no rosto, queda de cabelos, acne e retenção de líquidos são apenas alguns dos efeitos colaterais do uso de testosterona sem indicação adequada para mulheres. "O hormônio causa ainda alterações comportamentais, deixando a paciente mais agressiva", afirma o endocrinologista Amélio. O uso também pode levar ao engrossamento da voz e ao crescimento do pomo de adão.
Diabetes
"Como alguns hormônios levam ao ganho de peso, principalmente na região abdominal, há um risco maior do desenvolvimento do diabetes", afirma a endocrinologista Claudia. Embora a gordura seja fundamental para o bom funcionamento do organismo, ela deve ocupar uma porcentagem pequena do peso corporal e deve estar distribuída de forma homogênea pelo corpo. A gordura acumulada na circunferência abdominal aumenta a produção de substâncias que favorecem o aumento da taxa de glicose, diferente do que ocorre com a gordura acumulada embaixo da pele ou espalhada pelo corpo esta ajuda a controlar as taxas de açúcar no sangue.
Um grande abraço para todos e até amanhã.
Por
Beth Vasconcelos
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