Olá meninas, bom dia para vocês.
Hoje quem nos ilumina com informações fascinantes é Caio Borges/Uol, apresentando-nos a matéria onde se questiona se a crença da idade da loba é mito ou verdade?
Vejamos os detalhes.
A expressão idade da loba ficou conhecida por
designar a mulher que chega aos 40 anos. Existem diversas interpretações sobre
o que isso significa, mas a ideia principal é de que a mulher nessa faixa
etária estaria mais ativa, madura, livre e até mesmo voraz do ponto de vista
sexual.
Popularizada nos anos 1990, será que essa expressão
ainda faz sentido nos dias hoje, décadas depois da emancipação feminina? As
mulheres e os especialistas entrevistados por UOL Comportamento não têm uma
opinião unânime.
Para a psicóloga Regina Beatriz Silva Simões,
especialista em sexologia clínica e autora do livro "A Mulher de 40"
(Editora Gutenberg), a comparação ainda é válida. Partindo dessa analogia,
Regina acredita que o lobo transmite a imagem de um animal forte, vigoroso e
desenvolvido. "A mulher nessa idade é como uma loba, está pronta, atenta,
já sabe o que não lhe faz bem", diz.
Já para a psicanalista Lígia Guerra, escritora e
comentarista na área de comportamento feminino, a expressão perdeu um pouco o
sentido com as transformações ocorridas nos últimos anos. "Vejo que a
mulher não quer perder tempo em nenhuma idade, seja aos 20 ou aos 60",
afirma.
O final do ciclo reprodutivo, que geralmente ocorre
nessa faixa etária, entre os 45 e 50 anos, marca a chamada idade da loba.
Antigamente, era somente após esse período, depois de criar os filhos, que a
mulher tinha mais liberdade para desfrutar da própria vida. "Hoje, ela
equaciona tudo isso junto com a carreira. Tempos atrás não havia essa
preocupação. A mulher ficou mais dinâmica", acrescenta Lígia.
Por mais que a sociedade tenha se transformado e
evoluído, alguns conceitos demoram a desaparecer. Ideias machistas ainda estão
por toda a parte e muitas pessoas as reproduzem, sem nem se dar conta disso.
"O comportamento feminino e o masculino são construções históricas,
culturais e sociais. E leva muito tempo para modificarmos essas concepções de
forma definitiva", diz a historiadora e socióloga Rosana Schwartz, da
Universidade Presbiteriana Mackenzie. Alguns pensamentos podem parecer
inofensivos, mas, se analisarmos com cautela, veremos que não correspondem mais
à realidade e, por isso mesmo, devem ser superados.
Alterações siológicas
Existe o mito de que com o aumento da idade surge
também uma maior necessidade sexual, na fase em que o corpo feminino ainda está
exuberante, como se fosse um último suspiro antes da decadência hormonal.
"Há mulheres de todos os tipos aos 40 anos, mesmo do ponto de vista
fisiológico", desmistifica Ramon Moreira, ginecologista e coordenador do
Departamento de Sexologia da CMMG (Faculdade de Ciências Médicas de Minas
Gerais).
Segundo o médico, nessa faixa etária, acontece o
climatério, período que antecede a menopausa, porém as alterações não são as
mesmas para todas. "Há mulheres com hormônios estrogênios dentro dos
limites de normalidade até quase 50 anos e outras com redução já aos 40",
cita. O ginecologista também diz que a testosterona pode aumentar ou diminuir e
que o padrão sexual é algo que se forma ao longo da vida, conforme a cultura, o
grau de liberdade e outros fatores que vão além dos aspectos fisiológicos.
Para a jornalista e escritora Andrea Franco Lopes,
autora do livro "40, Sim! E Daí?" (Matrix Editora), os 40 anos são
significativos, inclusive em relação à sexualidade. "A mulher de 40 anos
está menos submetida a reflexos de uma educação que não a estimulou para uma
vida sexual. Está mais audaciosa, se permite e ousa mais", afirma.
Na visão dela, a idade da loba diz respeito à
emancipação feminina e a um comportamento menos passivo. Andrea conta que
resolveu escrever o livro para quebrar o preconceito da sociedade que muitas
vezes vê a mulher acima dos 40 anos como velha. "Eu queria mostrar que uma
mulher pode ser bonita, feliz, produtiva e atuante também aos 40 e não só com
18, 20 anos", revela.
Os especialistas concordam que, de maneira geral,
nessa faixa etária, há um desejo de não perder tempo e realizar sonhos e
vontades, sem tanta preocupação com o julgamento alheio. "A mulher aos 40
tem uma urgência maior de vida, que vai se refletir na sexualidade. Porque ela
quer vivenciar a vida com mais intensidade", diz Lígia Guerra.
Além disso, na opinião de Regina Simões, é comum
que exista uma tranquilidade maior na entrega sexual, em decorrência das
experiências passadas e de saber dizer melhor "sim" ou
"não". "A mulher de 40 é bem diferente da de 20. É mais ousada,
tranquila e até inquieta, por não ter ousado tanto ainda", diz.
Todo mundo está cansado de escutar que, na balada,
não se consegue encontrar uma pessoa a fim de um namoro sério. Essa impressão
já foi até alvo de pesquisas acadêmicas. "Segundo um estudo que realizei
com quatro grupos de pessoas em cinco cidades brasileiras, é fato que
relacionamentos que começam nestes locais têm uma chance menor de
durarem", diz Ailton Amélio, psicólogo clínico, professor do Instituto de
Psicologia da USP (Universidade de São Paulo). Mas se um ambiente típico de
paquera não é eficaz para encontrar um amor, onde procurá-lo, então? UOL
Comportamento conversou com alguns especialistas e identificou os lugares que
oferecem boas possibilidades para engatar uma conversa com alguém interessante
e, quem sabe, transformar a nova amizade em um romance. Por Heloísa Noronha, do
UOL, em São Paulo Jeff/UOL
Interesse pelos mais jovens
Muitas mulheres na idade da loba ainda estão no
auge da beleza física. Neste ano, a atriz espanhola Penélope Cruz foi eleita,
aos 40, a mulher mais sexy do mundo pela Esquire, revista norte-americana.
Um corpo ainda jovial aliado a uma maior
autoconfiança acaba atraindo com frequência homens mais jovens. "Ela
transmite uma segurança que a garota de 20 não tem. E nada mais atraente para
um homem do que uma mulher segura", fala Lígia.
Por outro lado, a psicóloga, também autora do livro
"Mulher às Avessas" (Editora Sextante), ressalta que o interesse
delas pelos jovens acontece em função do vigor e da atenção que eles costumam
direcionar a elas. "Às vezes, a mulher entra em um espaço de
invisibilidade para os homens da idade dela, que não a olham como um garoto de
20 anos olha. Isso seduz, ela se sente desejada, valorizada", explica.
Mesmo que o papel de loba continue valendo para
algumas mulheres, a maneira de vivenciar esse período mudou, principalmente na
última década, na opinião da psicóloga Regina Simões, que atende o público feminino
em seu consultório há 32 anos. "Elas ficaram mais calmas para escolher o
parceiro e definirem o que querem da vida. É muito corriqueiro que mulheres
nessa faixa etária ainda estejam pensando se vão ou não constituir
família", constata.
Beijão para todas as lobas amigas e queridas do
nosso blog.
Lady Chic
Por
Beth Vasconcelos
Nenhum comentário:
Postar um comentário