Olá meninas, amigas e irmãs do Lady Chic Blog,
neste domingo eu trouxe do site Minha Vida, uma matéria elucidativa, escrita
pelo Dr Cláudio Basbaum - Ginecologia e obstetrícia, onde se esclarece que o osso
do quadril estreito pode impedir um parto normal!
Nessa oportunidade o especialista esclarece ainda
que o diâmetro do quadril e o posicionamento do bebê podem sim impedir sua
passagem, mas isso só será percebido na hora do parto
Vejamos os detalhes.
Dr Cláudio Basbaum |
Do ponto de vista obstétrico, o conhecimento da
pelve óssea (PO), também chamada de bacia óssea ou quadril é indispensável, uma
vez que é através dela que o feto passa para nascer durante o parto. Está
constituída por quatro ossos: os dois ossos ilíacos, o sacro e o cóccix. Estes
quatro ossos formam um "anel" chamado de cintura pélvica e que tem
dois planos: superior ou grande pelve (também chamada de "falsa
pelve") e a inferior ou pequena pelve (também chamada de "pelve
verdadeira"). Esta possui uma abertura superior ou "estreito
superior", abaixo da grande pelve e o "estreito inferior" que se
comunica com o exterior. Entre ambos situa-se a porção intermediária: a escava
pélvica, esta sim, da maior importância para o mecanismo de passagem do feto
durante o trabalho de parto.
A passagem do bebê vai depender da compatibilidade
entre os vários diâmetros ósseos e os diâmetros da apresentação fetal, mais
frequentemente, da apresentação cefálica (cabeça fetal). A pelve óssea está
complementada por músculos, tendões e ligamentos - chamados de "partes
moles" - que lhes dá a conformação tanto interna quanto externa. Sua forma
é variada e depende de características constitucionais de cada mulher.
São clássicos quatro tipos básicos ou puros:
ginecoide, androide, antropóide e platipelóide. Existem importantes diferenças
entre a pelve masculina e a pelve feminina, seja na constituição óssea, quanto
na forma quanto nas dimensões dos eixos e diâmetros. Certas bacias da mulher
apresentam características masculinas ou atípicas, o que pode dificultar ou
mesmo inviabilizar um parto normal, pela via natural.
Além dos "tipos puros" de bacia existem
os "mistos" cuja conformação é resultado da associação de
características de vários tipos, tanto na forma quanto nas dimensões dos
diâmetros, conduzindo a importantes diferenças individuais que influenciam,
facilitando ou dificultando a evolução dos mecanismos do parto. Em geral, é no
estreito médio da bacia onde ocorrem as "dificuldades" na adaptação
ou rotação das partes fetais (cabeça ou bacia do bebê).
A simples avaliação do quadril de uma gestante por
um obstetra experiente pode "sugerir" se a bacia é "boa"
para um parto vaginal. Em certas situações específicas e mais raras, como
malformações e fraturas, podemos antecipadamente lançar mão de recursos
radiológicos para avaliar certas partes da bacia que podem interferir na
evolução dos mecanismos do parto.
O mais importante, sem dúvida, é a avaliação
clínica de alguns diâmetros da bacia, feita através do toque genital, o qual
permite suspeitar se a cabeça fetal conseguirá transpor certos níveis da bacia
(desproporção feto-materna). Muitas vezes a cabeça não insinua em função do
tamanho fetal, da posição em que se apresenta ou outras, levando a indicação de
uma cesariana.
Caso a parturiente esteja apresentando uma dinâmica
de trabalho de parto não acompanhada da insinuação da cabeça fetal (distócia
céfalo-pélvica), temos que estar atentos e abertos para indicar a cesariana. O
toque vaginal bem conduzido, avaliando sobretudo o diâmetro ântero-posterior
(entre púbis e sacro) e algumas projeções ósseas dentro da bacia é o que
diagnostica e define se a tentativa para o parto normal deve ser prosseguida,
sem que exponhamos o bebê ao "sofrimento fetal" e a parturiente, a
"estafa materna".
Desde já meu carinho e agradecimento ao site Minha
Vida e ao Dr Cláudio Basbaum Ginecologista e obstetra, pelos excelentes
esclarecimentos.
Beijão para todas as amigas e até amanhã.
Lady Chic
Por
Beth Vasconcelos