domingo, 24 de outubro de 2010

QUEM RESISTE A CRISE DOS SETE ANOS!!??


Meninas lindas e amigas do Lady Chic eu desejo um Domingão repleto de abundãncia para todas.

Nosso papo show hoje é um texto de Fernando Puga, tratando da crise dos sete anos e explicando que muitos casais não resistem a esse número cabalístico.

O autor inicia explicando que para alguns, ele é cabalístico, mas a verdade é que tem muito casal por aí que entra em parafuso diante do número sete.

É que o algarismo é sujeito de uma crise muito famosa, que, apesar de aparentemente sem explicação, é a culpada pelo fim de muitos casamentos.

Trata-se da chamada 'crise dos sete anos', quando o frio na barriga passa, o príncipe encantado se transforma num simples mortal e a sensação de desgaste generalizado acaba por colocar o relacionamento na balança.

No caso do engenheiro Luciano Lobato, a balança acabou pesando para o lado da separação. PHD no assunto, ele passou por três crises dos sete anos, em diferentes fases da vida, e afirma não ter conseguido encontrar antídoto para essa praga.

"Na minha opinião, sete anos é o tempo que leva para tudo esfriar. Chega um ponto em que um não tem mais nada a acrescentar ao outro e a relação passa a existir só para cumprir tabela", diz.

Para Luciano, tudo começa quando o casal passa a encarar o outro como a razão de todos os problemas. "Com a relação completamente desgastada, os estresses aparecem e você começa a olhar para fora do casamento.

Não é uma crise de brigas, clima pesado, tanto que me dou bem com minhas três ex-mulheres. O casamento acaba por frieza, esgotamento. Simplesmente acaba", afirma.

Fase do desencanto

Crise preocupante, mas nem sempre fatídica. A veterinária Laura Zukermann, que passou pelo problema no segundo casamento, garante que a idade e a bagagem de um outro relacionamento que não deu certo foram elementos fundamentais para não se sentir acuada e enfrentar o desgaste com persistência.

"A paixão, aquela coisa de frio na barriga, que dura uns três anos, tinha acabado há tempos e se transformado em amor. Depois, veio a fase em que o mito do príncipe encantado vem abaixo e ele vira uma criatura normal como a gente.

Assim que eu comecei a reclamar, meu terapeuta deu o diagnóstico e fiquei impressionada de como eram óbvios os sintomas da tal crise. Acaba a cerimônia, os nervos ficam à flor da pele e qualquer coisa que o outro faz deixa a gente irritada", diz.

Crise não significa que o amor se esgote. "Foi muito difícil mas, no fundo, não queria terminar o casamento. Queria mantê-lo, já não estava mais na idade de viver sem estabilidade e, apesar da minha falta de paciência, insisti", conclui Laura.

A crise começa antes

Apesar de facilmente identificável, o problema não tem data marcada para aparecer.

A crise dos sete anos do casamento da empresária Marília Luz começou aos cinco.

"Senti um esfriamento total na relação e passamos muito tempo fingindo que nada estava acontecendo", conta.

Hoje, ela sente que a imaturidade dificultou a situação e fez com que sua postura passiva culminasse no fim do casamento. "Eu sou filha única, casei virgemcom o primeiro namorado, aos 20 anos. Era duro.

Aquilo ainda se estendeu em banho-maria por quase dois anos e só terminou porque ele me traiu", revela.

TESTE: É FÁCIL LIDAR COM VOCÊ?

A terapeuta de casais Eliane Cotrim afirma que esse é um dos sintomas mais comuns dessa cris. "O adultério é uma característica desse período.

Depois de conviver por algum tempo, eles se conhecem melhor e acabam as ilusões, a idéia do príncipe. É a primeira vez que o lado verdadeiro do outro aparece e, com isso, as diferenças vêm à tona.

Com isso, surge também a sensação de esgotamento e de que não há mais nada de novo a viver e aprender no relacionamento", explica.

Filhos também são determinantes nessa crise. Eliane destaca que o sétimo ano de relacionamento coincide com um momento crucial na vida familiar. "É o fim da primeira infância da criança, quando ela já começa a criar independência e o relacionamento de homem e mulher, que tinha se transformado em relacionamento de pais, é retomado, agora em uma nova estrutura", analisa.

Ela lembra que o número sete é cíclico e que marca diferentes fases. "Aos 14 anos, acontece a entrada dos filhos na adolescência e o assunto sexualidade fica muito presente.

Nesse momento, os pais, que estão chegando na meia-idade, vivem isso novamente e surge uma espécie de necessidade de provar para o outro que o fogo da conquista e do sexo não se acabaram. É uma fase em que os adultérios são muito comuns", afirma.

Depois disso, aos 21, os filhos se tornam adultos e, por volta dos 28, saem de casa. "Acontece, então, o que chamamos de ninho vazio: mais um momento difícil, de muita depressão", completa Eliane.

Autoconhecimento X Angústia

O sete é também o número do autoconhecimento e, segundo a numeróloga Catarina Gonçalves, o reflexo disso em um casamento é o começo de uma crise. "No sétimo ano de relação, os parceiros se voltam para questões interiores e individuais.

É um período de muitas angústias e questionamentos, cujas respostas cada um vai acabar encontrando naquilo que supõe ser defeitos, no outro. É um momento de descobertas, decepções e, consequentemente, de desencanto profundo", esclarece.

Elaine Cotrim revela que, para reverter o quadro, é preciso acima de tudo muita força de vontade. "A crise passa naturalmente, mas para isso é fundamental muita paciência. Por isso, casais com experiências de outras relações ou que não se casaram tão cedo, superam as dificuldades com mais facilidade", acrescenta.

Divórcios

O advogado Guilhermo Paes, especializado em Direto da Família, garante que cerca de 70% dos divórcios acontecem quando os casais têm menos de dez anos de casamento.

"É inegável que haja uma banalização do matrimônio. Já vi gente indo para a igreja três meses depois de se conhecer", diz. De acordo com ele, as queixas mais freqüentes de quem se separa com pouco tempo de convívio são, principalmente, as críticas disparadas pelo outro.

"Normalmente, eles reclamam de ausência de reciprocidade e mutualidade, ou seja, os dois já não têm mais os mesmos objetivos e prioridades.

Com isso, os estilos de vida entram em conflito e os dois acabam se sentindo desrespeitados em suas vontades", assinala.

Entretanto, o motivo da crise pode ser mitológico. A terapeuta Eliane Cotrim ressalta que, algumas vezes, o medo dos sete anos acaba causando uma espécie de pré-disposição.

"Isso se instala no inconsciente da relação e o mito acaba se concretizando, sem nenhum fundamento real", comenta ela, lembrando que problemas do tipo são comuns em qualquer casamento, mas não devem ser tomados como regra.

"É muito importante que uma relação seja mantida com o prazer de estar com o outro e não com o objetivo quase cego de se completar. Assim, a compreensão, o companheirismo e o amor ficam mais fortes", finaliza.

Um lindo dia para todas.

Lady Chic

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