sábado, 28 de agosto de 2010

UM VERDADEIRO PRESENTE - 2ª PARTE


Amadas amigas do meu blog um sábado deliciosamente radiante e repleto de poderespara todas.

Nosso tema Um Verdadeiro Presente 2ª parte da ilustre Thays Sant’Ana, colhido carinhosamente da revista Bons Fluidos continua hoje concluindo o pensamento da autora sobre viver com qualidade.

Acompanhem e sejam muito felizes hoje!!

Há espaço para o novo

Eckhart Tolle sugere uma pergunta para checar se estamos vivendo ou não no momento presente: “Há alegria, bem estar e leveza naquilo que estou fazendo?”. Caso a resposta seja negativa, é sinal de que, mais uma vez, nossa mente anda perdida em diálogos internos.

O mais interessante é que, segundo o autor, nem sempre é necessário mudar o que estamos fazendo, e sim o modo como fazemos. “Tente prestar mais atenção no fazer em si do que no resultado que pretende alcançar.

Ao agir com consciência do momento presente, tudo o que você fizer ficará imbuído de uma sensação de qualidade, de cuidado e de amor, até mesmo o ato mais simples”, orienta o mestre espiritual.

Esse argumento já é razão mais do que suficiente para, pelo menos, experimentarmos esse estado de presença, mas há uma série de outros motivos. Para a psicanalista Paulina Cymrot, quando vivemos no aqui e agora privilegiamos a experiência e podemos aprender com ela, em vez de ficarmos focados nos pensamentos antecipatórios, que dão a ilusão de que já sabemos exatamente o que vai acontecer.

Também é no presente que temos a oportunidade de fazer algo diferente do que vínhamos fazendo até então. Vive preso em padrões que não lhe servem mais? Toma decisões importantes no automático? Ótimo! Pois este é o momento para mudar.

Tolle diz que “o único lugar onde uma mudança verdadeira pode ocorrer e onde o passado pode ser desfeito é no Agora. Nada verdadeiramente novo e criativo poderá vir a este mundo exceto através desse hiato, desse espaço preciso de possibilidades infinitas”.

A terapeuta Katia Daher, de São Paulo, explica que nossa mente costuma catalogar as experiências de modo que, da próxima vez em que houver uma situação parecida, ela já saiba como agir. No entanto, se respirarmos fundo algumas vezes e trouxermos nossa atenção para o instante atual, poderemos nos surpreender com nossas escolhas.

É isso o que nos permite ir a um restaurante e provar um prato completamente diferente dos que são conhecidos do nosso paladar. Ou mesmo o que abre espaço para uma conversa civilizada com alguém que, até então, só funcionava na base do “quem fala mais alto”. “É o agora que nos dá a possibilidade de sentir o que realmente queremos e ser quem verdadeiramente somos a cada momento”, diz Katia.

Para o instrutor de meditação zen, esse estado de presença é o que nos dá a liberdade de relaxar na vida. “Existem bilhões de fatores internos e externos que eu não controlo e dos quais nem consciente estou. O que for acontecer vai acontecer, e é isso o que eu vou viver. Então temos a liberdade de desfrutar cada momento e ficar em paz.”

Apesar de muito vantajoso, “ninguém vive o tempo todo só no presente”, afirma Paulina Cymrot. Ela diz que somos fadados à imaginação e temos uma tendência enorme para fantasiar a realidade. “Mas se, de vez em quando, a gente se lembrar de que está ocupado com elocubrações e que isso não é necessariamente a realidade, já está bom.”

Até porque, como lembra a instrutora de ioga Patrícia Varela, por mais que a gente se esforce em viver o momento, todos os dias, uma série de fatores vão nos tirar do nosso centro. O segrego é aprender a voltar.

Nada permanece igual

A sabedoria de viver o presente, sem se preocupar com o que já foi ou com o que será, pode ser encontrada em várias tradições espirituais. A bela metáfora cristã dos lírios do campo, que não trabalham, nem fiam, mas são vestidos por Deus, é um exemplo.

Os sufis, que se dedicam ao lado místico do islamismo, têm um ditado que diz: “O sufié filho do tempo presente”. E o ensinamento zen fala do caminhar sobre um fio de navalha, que nada mais é do que estar absolutamente presente, de corpo e alma. Eles ainda costumam fazer a seguinte pergunta: “Se não agora, quando?”.

O próprio Eckhart Tolle reforça a ideia de que o agora é tudo o que existe, uma vez que é impossível que qualquer coisa aconteça no passado ou no futuro. “O presente eterno é o espaço dentro do qual toda a sua vida se processa. Nunca houve tempo em que a vida não fosse agora, nem nunca haverá.”

A razão desse auto engano, segundo a tradição budista, seria o fato de a mente estar contaminada com três venenos: a cobiça, o ódio e a ignorância. O primeiro deles é o nosso velho hábito de correr atrás dos nossos desejos; porém, mal os realizamos e já estamos perseguindo novos. Já o ódio seria uma espécie de outro lado da moeda da cobiça: as reações que temos diante daquilo que não gostamos ou aceitamos.

A ignorância é considerada a raiz dos dois venenos anteriores, pelo fato de nos impedir de ver as coisas como elas realmente são. É ela que não nos deixa perceber a impermanência de tudo o que existe e nem as pseudofelicidades às quais nos agarramos.

Libertar-se desses três venenos é atingir a iluminação, um estado de felicidade plena. Isso não quer dizer que vamos parar de sentir dor, de pensar e mesmo deixar de desfrutar os momentos agradáveis, mas que, ao aprendermos a não nos identificar com o que nos acontece, experimentamos e deixamos ir, sem apego ou aversão. “Só mesmo uma mente treinada e atenta pode ser capaz de resistir às tentações de prolongar as boas sensações ou de querer se livrar rapidamente das ruins”, diz Arthur.

O segredo para um bom treino está na meditação. No budismo theravada, não se recomenda o uso de mantras ou visualizações. A dica é focar na respiração. Todas as vezes que a mente sair desse foco, será preciso convidá-la, gentilmente, a retomar a atenção no toque do ar que passa pelas narinas, no abdômen que se expande e nas mais diversas sensações que surgem durante a prática.

“A meditação nos possibilita ter insights sobre as impermanências. Se observarmos a respiração, veremos que uma inspiração é diferente da outra, que uma sensação é uma pulsação que surge e desaparece”, relata Shaker. O grande desafio é levar esse estado de uma mente plenamente atenta a tudo o que experimentamos para a vida diária.

Que tal aproveitar um trânsito carregado para simplesmente estar ali, atento a tudo o que acontece dentro e fora de você naquele momento? Já imaginou o ganho de produtividade no trabalho com tanto foco? Arthur Shaker nos lembra de que “só Buda está plenamente presente em todos os momentos, mas o que buscamos é ampliar esse estado de atenção, sabedoria e amorosidade”. esse estado de atenção, sabedoria e amorosidade”.

Ainda vale sonhar

Pode parecer que viver apenas o momento exclua qualquer tipo de planejamento ou sonho, mas não é nada disso. “Planejar e trabalhar no sentido de construir o que foi proposto é uma coisa positiva”, argumenta Shaker. “O que não é bom é ficarmos o tempo todo nos lançando a incessantes questionamentos como uma forma de tentarmos controlar o futuro.”

A psicanalista Paulina Cymrot diz que todos nós sonhamos e fazemos planejamentos, pois somos movidos pelo desejo, mas precisamos avaliar se são razoáveis e sempre levar em conta que eles podem se realizar ou não.

Por mais contraditório que pareça, Eckhart Tolle diz que a aceitação do momento é o que pode, de fato, transformá-lo no que desejamos. Ele faz uma analogia com alguém que está atolado na lama. Fingir que está tudo bem ou espernear para sair dali são, definitivamente, duas péssimas opções.

A sugestão do mestre é para que o sujeito reconheça a realidade sem brigar com ela e, em seguida, tome todas as providências que puder. Enquanto o objetivo não for alcançado, a dica é continuar aceitando a situação presente sem julgamentos, que só vão desviar o foco, e fazer o melhor possível.

“No estado de rendição, você vê nitidamente o que é preciso fazer e pode tomar as providências necessárias, concentrando-se em uma coisa de cada vez. Se a sua situação global for insatisfatória, renda-se ao que esse instante é.

O seu estado de consciência deixa de ser controlado por condições externas. Você deixa de reagir e de resistir”, diz Tolle. Feito isso, é hora de se perguntar o que pode ser feito naquele instante. “Pode ser que planejar seja a única coisa a fazer agora. Se não puder tomar quaisquer providências ou se retirar da situação, então renda-se profundamente ao agora.

Quando você entrar na dimensão imortal do presente, verá que a mudança chega, muitas vezes, de forma inesperada, sem necessidade de grandes esforços da sua parte. A vida torna-se útil e coopera com você.”

Aí está minhas amadas a conclusão da matéria a qual espero que vocês possam fazer uma reflexão pessoal, utilizaando do texto o que for melhor para suas lindas vidas.

Abração para todas.

Lady Chic

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