Gatíssimas do meu blog eu quero que todas vocês sejam mais poderosas e decididas neste lindo sábado pois, quem não se decide nunca, jamais prosperará.
Nosso assunto hoje é uma reportagem escândalo sobre moda para os pés, que colhi do DN caderno EVA, num texto fabuloso da reporter NAIANA RODRIGUES.
Ela diz que as tendências para o setor de calçados no Inverno 2011 foram apresentadas, em São Paulo, durante a degunda Edição do Inspiramais, um luxo só.
Altos, baixos, em couro, de tecido, com cristais, pedras naturais, acessórios em madeira ou feitos de plástico. Os sapatos seduzem homens e mulheres de todos os estilos. Porém, quem os vê nas vitrines não imagina como se dá a criação desses artigos.
Da definição do design, passando pela escolha dos materiais às estratégias de venda e exposição nas lojas, a cadeia é longa. No entanto, tudo começa a partir de uma ideia e, quando essa é boa, o sucesso no mercado é garantido.
São exatamente ideias para nortear o setor calçadista que o Inspiramais, Salão de Design e Inovação de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos, apresenta.
Desde janeiro, as mentes criativas que compõem o Núcleo de Design da Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) pensam propostas que ajudarão os fabricantes a definir a linha de produção para a estação fria do próximo ano.
O estilista Walter Rodrigues coordenou o grupo de criadores na elaboração de conceitos que levam em consideração, sobretudo, a cultura brasileira. O resultado dos seis meses de trabalho foi exposto ao público no Fórum de Inspirações.
Criação
Para chegar aos conceitos, os designers assumiram o ponto de vista de três profissionais do setor de criação de uma empresa imaginária.
O primeiro foi construído a partir do olhar de um criador experiente. Ele conhece o perfil do consumidor, a identidade do produto e busca nas novelas, no estilo das celebridades e nas ruas artigos que podem ser usados por qualquer um.
É uma tendência de moda mais massificada que trabalha com estilos populares, com pegadas do folk e da cultura pop urbana.
O segundo conceito foi elaborado sob a perspectiva de um jovem trainee. É um profissional em busca das novidades e antenado com o mundo fashion.
Acompanha coberturas de moda pela internet, lê críticas de especialistas e fica atento aos editoriais de revistas. Essa proposta traz inovações para a moda masculina, trabalhando com novos shapes e cores que não são exclusivos do homem, mas podem ser apropriados pelas mulheres.
Na composição do terceiro conceito prevaleceu a visão do estagiário, o mais novo membro da equipe, livre de vícios e cheio de inventividade. A experimentação é a característica central que guia os adeptos desse estilo. O lúdico e a quebra de padrões são usados na fabricação dos produtos e na divulgação com o uso das novas mídias.
Os três conceitos foram materializados numa exposição com peças de couro, acrílico e metal, solados e saltos, uma prévia do que virá em 2011.
Investimento no artesanato
As estações passam e uma pergunta fica para estilistas e empresários do setor. Qual é a identidade da moda brasileira? Podemos falar num estilo genuinamente brasileiro?
Durante o Inspiramais Inverno 2011, essa reflexão veio à tona e um dos caminhos apontados por especialistas e atores do cenário fashion nacional foi o investimento no artesanato. Isso representaria o diferencial em relação à massi- ficação de tendências mundiais.
Na opinião do coordenador do Núcleo de Design da Assintecal, Walter Rodrigues, o artesanato brasileiro precisa ser mais valorizado, ou seja, visto como um artigo contemporâneo e atemporal e não como uma peça folclórica.
Ele observa ainda que o modo de fazer artesanal tem uma grande proximidade com o setor de calçados. "O fazer à mão é extremamente valorizado dentro da indústria", afirma.
Para o sociólogo italiano Francesco Morace, o artesanato pode ser o grande diferencial da moda e indústria brasileiras. "Precisamos voltar à visão artística, ao artesão, ao virtuosismo, à capacidade de trabalhar a partir da vocação e do talento".
Enquanto a editora da Vogue Itália, Franca Sozanni, declarou, em entrevista veiculada no portal Fashion Forward, que o Brasil não tem estilo, Morace reforçou que o caminho para a construção de uma identidade da moda nacional está no rústico, em objetos que são industriais, mas possuem um toque artesanal, anulando assim a imagem de serialização.
"Cada cultura tem a possibilidade de desenvolver seus elementos locais. É a inovação que parte da tradição. A cultura brasileira pode seguir esse caminho. É uma tendência que pode ser feita tanto no segmento do luxo quanto para o mais básico", explicou Morace, que é presidente do Future Concept Lab e ministrou palestra durante o Inspiramais.
Sustentabilidade
Aliada ao artesanato, a sustentabilidade foi outro direcionamento apontado para a moda brasileira. O Inspiramais reservou um espaço para propostas de calçados feitos com processos que não agridem o meio ambiente ou de materiais e componentes vindos de fontes renováveis.
Destaque para a sola de sapato biodegradável da empresa Amazonas, que se decompõe 50 vezes mais rápido. "Precisamos estar cientes do que estamos provocando na terra. Nós deixamos um caminho e não precisa ser desagradável", observa Walter Rodrigues. (NR)
Bom dia Para Todas.
Lady Chic
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