Olá pessoal, bom domingo para vocês.
No nosso encontro de hoje abordaremos uma matéria
excelente sobre separação conjugal e como lidar com a dor do término, do site
M. De Mulher, por Sara Stoppazolli e conteúdo GLOSS,
Na oportunidade a autora afirma o fim de um
relacionamento pode doer tanto quanto a morte de alguém querido e não existe
receita certa para encarar esse difícil momento. Mas ele passa...
Vejamos os detalhes.
O sofrimento causado pelo fim de um relacionamento
pode ser tão devastador quanto o da perda de um ente querido. É um luto marcado
por cinco etapas: negação, barganha (tentativa de mudar as coisas), raiva,
depressão e, por fim, aceitação. "Não somos ensinados a lidar com a
dor", diz o psicanalista Hemir Barição, professor da PUC-SP.
"Aprendemos com as experiências."
Trinta e dois anos depois da legalização do
divórcio no Brasil, os números do Registro Civil comprovam que os casamentos se
desfazem cada vez mais. Nos últimos 23 anos, a taxa de divórcios cresceu acima
de 200% por aqui. Hoje, a cada quatro novas uniões, uma separação é registrada.
Isso sem falar nos relacionamentos que passam ao largo das estatísticas.
Mesmo com tantos fracassos por aí, e com o verso
"Que seja infinito enquanto dure", de Vinicius de Moraes,
transformado em mantra amoroso, separar-se não se tornou menos difícil. "O
que machuca não é só a perda de um companheiro, mas o medo de ficar sem todo um
pacote: a vida social, a segurança financeira, entre outras coisas", diz o
psicólogo Ailton Amélio da Silva, professor de relacionamento amoroso da
Universidade de São Paulo (USP) que oferece em seu consultório tratamento para
a dor de fim do amor.
PREPARANDO A SEPARAÇÃO
Assim como uma relação precisa ser construída, uma
separação também. Não só do ponto de vista prático mas também emocionalmente.
Despedir-se, digerir a ideia do nunca mais leva tempo. Mas, na melhor das
hipóteses, é até possível viver esse drama em parceria.
A recepcionista Priscila Josefick, 22 anos, e o
biomédico Danilo Inada, 23, formaram um casal por mais de quatro anos e, há um,
conseguiram encerrar sua história do mesmo jeito que começaram: como amigos.
"Foi uma decisão dos dois", diz Danilo. "O namoro começou a
esfriar e se encontrar virou um fardo. Depois de quatro meses assim conversamos
e tomamos a decisão", completa Priscila. Como frequentam a mesma turma, um
mês depois os dois acabaram se encontrando. Sentiram-se confortáveis na
presença um do outro e tiveram a certeza de que o fim... era mesmo o fim.
Quando a vontade de terminar surge de um lado só, o
processo é mais penoso. Decidir pelo adeus às vezes é mais complicado e sofrido
do que colocá-lo em prática. Esse processo não deveria ser solitário. A
terapeuta de casais Maria Helena Matarazzo sugere tentar negociar queixas e
mágoas com o parceiro com a ajuda de um especialista.
"Em geral ninguém sabe negociar, e conversar
acaba piorando os desentendimentos", diz ela, lembrando que a iniciativa de
terminar costuma partir muito mais das mulheres do que dos homens. "Elas
se queixam de solidão no relacionamento. É bastante comum que esperem ser
salvas pelo outro em vez de cuidar de si. Mudam de parceiro e continuam
insatisfeitas."
DANDO UM TEMPO
Além da terapia, o clássico "dar um
tempo" pode ajudar a colocar as coisas em perspectiva. A psicóloga Marina
Álvares, 28, adotou essa medida depois de um ano e meio morando junto com o
engenheiro Rafael Gotti, 27. Marina reclamava que dedicava muito mais tempo à
relação de quatro anos do que ele, o que causava muitas brigas. "A
intenção era esfriar a cabeça e depois reatar melhor, mas não foi o que
aconteceu", diz ela. "Na distância ficou claro que éramos mais amigos
do que amantes."
Às vezes, é preciso muitas idas e vindas até
acertar na decisão. Trata-se de esgotar as possibilidades, viver o relacionamento
até a última gota. A publicitária Carolina Fantini, 21, e o designer Thiago
Vavassori, 23, ficaram um ano ensaiando o término do romance de mais de seis
anos, enfim decretado há cinco meses.
"Você conversa, briga, 'dá um tempo', volta,
mas sempre continua na mesma, até o momento em que respira fundo e aceita que o
sofrimento do término um dia vai acabar e que a vida continua", conta ela.
"Quando as lembranças do passado são as que sustentam a vontade de ficar,
em vez das do presente, não tem mais jeito." Sim, vai doer. Mas acredite:
uma hora passa.
Um grande abraço para todas as amigas, gratíssima
ao site M. de Mulher e envolvidos pelas excelentes explicações.
Lady Chic
Por
Beth Vasconcelos
Nenhum comentário:
Postar um comentário