Olá meninas, lindo domingo para vocês.
Hoje eu trouxe do site
Delas, por The New York Times uma matéria onde uma pesquisa mostrou que é
possível reduzir a fadiga mental com caminhadas no parque.
A capacidade da mente
humana de se manter tranquila e focada é limitada, e pode ser perturbada por
ruídos constantes e pela agitação e tensão da vida nas grandes cidades, além de
causar, às vezes, uma doença chamada fadiga mental– os cientistas já sabem
disso há algum tempo.
A pessoa com fadiga mental
se desconcentra facilmente, fica esquecida e distraída. Um estudo novo e
inovador, realizado na Escócia, porém, sugere que é possível diminuir esses
sintomas apenas caminhando em um parque com árvores cobertas de folhas.
A ideia de que ir a
parques ou praças cheias de árvores diminui o estresse e melhora a concentração
não é nova. Pesquisadores vêm desenvolvendo teorias de que os espaços verdes
tranquilizam e exigem menos atenção direta da mente que as ruas movimentadas
das cidades há bastante tempo. Os ambientes naturais geram uma ‘fascinação
sutil’, ou contemplação silenciosa, durante a qual quase não é necessária
atenção direta e o cérebro pode reaver os recursos utilizados em excesso.
Embora agradável, essa
teoria tem sido difícil de comprovar. Estudos anteriores descobriram que os
níveis de cortisol – o hormônio do estresse – presentes na saliva são menores
nas pessoas que moram em locais arborizados ou perto de parques que nas que
moram essencialmente em meio ao concreto, e que as crianças com déficit de
atenção tendem a se concentrar e ter desempenhos melhores em avaliações
cognitivas após caminhar em parques e jardins botânicos. Mais precisamente,
eletrodos foram presos às cabeças dos participantes em um laboratório. Os
cientistas mostraram aos voluntários fotos de ambientes naturais e urbanos e
descobriram, por meio da leitura das ondas cerebrais, que eles ficavam mais
tranquilos e meditativos ao observar fotos de ambientes naturais.
Mas o estudo do cérebro de
pessoas quando elas estão em áreas externas, se movimentando pela cidade e nos
parques, nunca foi possível. Ao menos até a criação recente da versão leve e
portátil do eletroencefalograma (EEG), tecnologia que estuda os padrões de
ondas cerebrais.
Como é o exame feito pelo
eletroencefalograma
Para o novo estudo,
publicado mês passado no periódico The British Journal of Sports Medicine,
pesquisadores da Universidade Herriot-Watt, em Edimburgo, e da Universidade de
Edimburgo prenderam EEGs portáteis no couro cabeludo de 12 adultos jovens e
saudáveis. Escondidos sob um gorro de tecido, os eletrodos leram as ondas
cerebrais dos participantes e as enviaram para laptops que eram carregados
pelos voluntários dentro de mochilas.
Os pesquisadores haviam
estudado o impacto das áreas verdes sobre a cognição por algum tempo e fizeram
com que todos os participantes caminhassem aproximadamente 2,4 quilômetros por
três zonas diferentes da cidade.
Nos 800 metros iniciais,
os participantes tiveram que percorrer uma área de compras histórica repleta de
pedestres, com prédios bonitos e antigos e tráfego leve de veículos. Nos 800
metros seguintes, eles foram para um local semelhante a um parque. E
finalmente, eles passearam por um bairro comercial movimentado, com prédios e
tráfego intenso.
Os cientistas pediram aos
participantes que caminhassem em seu próprio ritmo, sem correr ou vaguear. A
maioria realizou o percurso em cerca de 25 minutos. Enquanto isso, os EEGs
portáteis enviavam informações sobre os cérebros dos participantes aos laptops
que eles carregavam.
Mais tarde, os
pesquisadores compararam as leituras, procurando padrões de onda que eles
acreditavam que estivessem relacionados a frustrações, atenção direta (que eles
chamaram de envolvimento), excitação mental e contemplação ou tranquilidade.
As descobertas confirmaram
a ideia de que as áreas verdes diminuem a fadiga cerebral.
Quando os voluntários
passaram por áreas urbanizadas e movimentadas – nesse caso, o bairro de tráfego
pesado do final do estudo – os padrões de ondas cerebrais mostraram com
regularidade excitação e frustração maiores que as experimentadas quando eles
caminharam no parque, local em que se tornaram mais meditativos.
A mente dos participantes
ficou mais tranquila quando eles caminharam no parque.
Isso não significa que
eles não estivessem prestando atenção, afirmou Jenny Roe, professora da Escola
Herriot-Watt do Ambiente Construído, que supervisou o estudo.
“Os ambientes naturais
continuam envolvendo” a mente, afirma, mas essa atenção não exige “esforço”.
Psicologicamente, isso se chama atenção involuntária. Essa paisagem prende
nossa atenção e ao mesmo tempo permite a reflexão e fornece um paliativo para a
atenção ininterrupta que as ruas das cidades geralmente exigem.
É claro que esse estudo de
pequenas proporções representa mais um teste da nova e atraente tecnologia
portátil EEG que uma análise definitiva dos efeitos cognitivos da contemplação
de áreas verdes.
Mesmo assim, essas foram
descobertas consistentes e de peso, além de valiosas para quem vive em áreas
urbanas monopolizadoras de atenções. Eles sugerem que, neste momento, as
pessoas devam consideram fazer pausas no trabalho, afirmou Roe, e “caminhar em
áreas verdes ou apenas ficar sentado ou observá-las da janela de seu
escritório”.
Esse não é um tempo ocioso
e improdutivo, assegurou Roe: “Esse tempo provavelmente terá um efeito
reparador e ajudará a lidar com a fadiga de atenção e a curar o estresse”.
* Por Gretchen Reynolds
Então meninas vamos
aproveitar o domingo e curtir um bom passeio na praia ou no parque.
Beijão para todas e até
amanhã.
Lady Chic
Por
Beth Vasconcelos
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