Olha essa pessoal!
Colhi graciosamente do site Delas/por BBC, esta
matéria onde se questiona se as As redes sociais estão mudando a nossa
percepção do corpo
Segundo a matéria, uma campanha britânica alerta
para a pressão que sofremos sobre autoestima quando comparamos imagens e número
de 'amigos' em sites como Facebook.
Vejamos na íntegra.
Excesso de amigos no Facebook deixa adolescentes
expostos a abusos
Quando se fala em vida moderna e em razões que
levam a falta de confiança e insegurança em relação à própria imagem,
rapidamente se aponta o dedo para revistas femininas e a TV.
Mas, para alguns especialistas, as redes sociais
também podem influenciar a forma como vemos o corpo e instituir modelos a serem
seguidos.
A britânica Kelsey Hibber relatou à BBC que
mantinha poucos amigos no Facebook nos tempos de escola secundária pois ela
sabia que iriam implicar com ela.
"Sempre fui alta e sempre fui um pouco
rechonchuda também. Ninguém parecia notar durante a escola primária, mas, no
sétimo ano, todos começaram a apontar, notar coisas, me fazendo pensar que eu
era feia e não era especial", disse.
Ela ficou cada vez mais consciente de pequenos
detalhes, como o formato das sobrancelhas e o tamanho da testa.
Kelsey conta que sofreu bullying entre os 11 e 16
anos, uma experiência que ela descreve como "horrível". "Era
sempre sobre o meu corpo e minha aparência."
Com isso, ela mudou a cor do cabelo e parou de comer,
para emagrecer e tentar se encaixar nos padrões que as pessoas exigiam.
Agora, aos 20 anos, Kelsey dirige um programa de
mentores na Grã-Bretanha chamado Loud Education, que visita escolas para
conversar com estudantes e aconselhar professores a lidar com o tema.
Segundo Kelsey, as redes sociais deixam
adolescentes expostos. "Você mostra o seu melhor e isto pode ser meio
perigoso, pois você, naturalmente, se compara com os outros", disse.
Imagens compartilhadas
Facebook, Twitter, Instagram e vários aplicativos
de mensagens como o WhatsApp estão entre as principais ferramentas usadas por
adolescentes para se comunicar.
Nunca se soube tanto da vida e aparência dos
outros, graças à postagem e ao compartilhamento de imagens.
O assunto causa grande preocupação no país. Em
2012, parlamentares recomendaram que todos os estudantes participassem de aulas
obrigatórias sobre autoestima e imagem corporal.
Uma comissão parlamentar constatou que meninas de
até cinco anos de idade já se preocupam com peso e aparência.
Adultos também não estão imunes a este tipo de
pressão. Segundo pesquisas realizadas na Grã-Bretanha cerca de 60% do público
sente vergonha da própria aparência.
Outro sintoma do problema, segundo um relatório da
comissão, foi o aumento das taxas de cirurgia plástica no país, de cerca de 20%
desde 2008.
Visitas a escolas
A deputada Caroline Nokes participa de um grupo
parlamentar que, junto com várias instituições de caridade, empresas e órgãos
públicos, está lançando uma campanha para mudar a atitudes em relação à imagem
corporal.
Ela visitou escolas e conversou com estudantes de
12 e 13 anos sobre como a mídia altera imagens para "melhorar"
aparências.
A parlamentar afirma que os estudantes entenderam
bem o processo, pois passam por experiências semelhantes nas mídias sociais.
"Peço para eles fecharem os olhos e, todos os
que melhoraram uma imagem no Facebook, levantem a mão", disse Nokes.
Segundo ela, geralmente todos levantam a mão e uma
estudante chegou a dizer que alterava todas as fotos que compartilhava.
Para Nokes, as redes sociais têm um impacto enorme
na confiança dos jovens pois elas não podem ser ignoradas.
"Eles (os jovens) podem tomar a decisão de não
olhar revistas ou ver TV, mas as redes sociais são a forma primária de
comunicação deles e seu principal canal com o mundo exterior", disse.
"Eles estão vendo o mundo através de um
filtro, e isto não é saudável."
A parlamentar quer fazer com que os adolescentes se
sintam mais confiantes. "É muito importante que tentemos incutir a
confiança para que eles sejam eles mesmos", acrescentou.
Facilidade para alterar fotos em aplicativos como
Instagram gera conceitos distorcidos
Outro objetivo de Nokes é educar os jovens para que
eles sejam mais cínicos em relação às imagens que costumam ver e admirar, além
de trabalhar com empresas para estimulá-las a ser mais responsáveis com suas
propagandas.
Ansiedade
Phillippa Diedrichs, pesquisadora do Centro para
Pesquisa em Aparência da Universidade do Oeste da Inglaterra, também vê uma
ligação entre redes sociais e a preocupação com a aparência.
"Quanto mais tempo se passa no Facebook, maior
a probabilidade das pessoas se enxergarem como objetos", disse.
Ela explica que há uma tendência a procurar
interações sociais negativas nestes fóruns e também a pedir para as pessoas
comentarem sobre a aparência, o que pode levar à ansiedade.
As pessoas que usam as redes sociais também tendem
a cultivar um personagem, segundo a pesquisadora.
Na opinião de Diedrichs, a resposta à esta
ansiedade em relação ao próprio corpo é defender uma diversidade maior na
mídia, pois não há apenas uma forma de ser saudável e não há uma aparência ideal.
Kelsey concorda. Ela reconstruiu a própria
confiança ao se transformar em voluntária no YMCA aos 15 anos de idade. Quando
ela foi para a universidade, começou a redescobrir quem era e se sentir
confortável com o próprio corpo.
Agora, ela planeja trabalhar com propaganda.
"Quero chegar lá e mudar a regra, mudar as percepções para melhor. As
pessoas são sistematicamente alimentadas (com imagens distorcidas) então por
que não alimentá-las com coisas positivas?", disse.
Um beijão para as amigas e até amanhã.
Lady Chic
Por
Beth Vasconcelos
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