Olá meninas, saúde e paz para todas nesta linda
sexta feira de sucesso.
Vamos falar hoje sobre a chamada “pet terapia”, que
segundo o Site Minha Vida Por Nathalie Ayres, pode ajudar no tratamento da
depressão, doenças cardíacas e estresse, já que os animais podem ser
terapeutas.
Vejamos os detalhes.
Na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença. O
juramento dos matrimônios se encaixa muito bem na fidelidade dos animais de
estimação. Inclusive, hoje a última parte pode ser levada ao pé da letra: está
se tornando cada vez mais comum que os pets colaborem para a recuperação de pacientes
dos mais variados casos clínicos. "A Terapia Assistida por Animais (TAA)
consiste em tratamentos na área da saúde, onde um animal é co-terapeuta e
auxilia o paciente a atingir os objetivos propostos para o tratamento",
ensina Laís Milani, psicóloga e membro da diretoria da área de Terapia
Assistida por Animais do Instituto Nacional de Ações e Terapias Assistidas por
Animais (Inataa).

No Hospital Israelita Albert Einstein, em São
Paulo, a entrada de bichos de estimação é liberada desde o ano de 2009, desde
que autorizado pelo médico responsável de cada paciente. "Na verdade
sempre existiu essa solicitação, que partia de pacientes e familiares. Como
existia demanda e isso até encurta a permanência das pessoas no hospital, de
acordo com diversos estudos, criamos esse fluxo e o transformamos em uma
rotina, com procedimentos claramente definidos e institucionalizados",
explica Rita Grotto, gerente de atendimento ao cliente do hospital.
Muitas instituições e ONGs também trabalham levando
esses animais até escolas, hospitais e centros de recuperações, como no
Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas e Instituto Dante Pazzanese
de Cardiologia em São Paulo, e na APAE de Nova Iguaçu e na Casa Abrigo Betel,
ambas no Rio de Janeiro. E em muitos casos o animal terapeuta não precisa ser
disponibilizado por uma organização não governamental, pode ser o próprio
bichinho do paciente.
Qual o animal certo para a pet terapia?
Nem todo animal nasceu para ser um terapeuta, por
assim dizer. "Ele precisa ser tranquilo, ter uma personalidade que as
pessoas possam abraçar, beijar e apertar, sem que ele reaja", explica o
adestrador José Luis Doroci, fundador do Projeto Novo Guia. Os animais mais
comuns são os cães e os cavalos, que no geral tem um temperamento mais dócil.
Mas gatos, jabutis, peixes, coelhos e aves também podem e são usados nesse tipo
de projeto. Até mesmo botos, cobras e aranhas, animais bem mais exóticos, são
terapeutas. Quando o pet pertence ao dono, um profissional especializado em TAA
pode ajudá-lo a fazer a terapia em casa com o bicho de estimação.
Animais que curam
O benefício terapêutico dos bichos já vem sendo
observado há algum tempo. "Em 1955, no Brasil, a psiquiatra Nise da
Silveira relatou os benefícios desta interação no convívio de seus pacientes
esquizofrênicos com cães e gatos adotados pela instituição aonde
trabalhava", relembra Cristiane Blanco, também psicóloga do Inataa.
Não há uma recomendação específica de quem pode ser
ajudado pela pet terapia. "Qualquer paciente pode ser beneficiado, desde
que não haja alguma contraindicação, como por exemplo, medo de animais, alergia
ou problemas de respiração, entre outros", observa a psicóloga Fabiana
Oliveira, do Instituto para Atividades, Terapias e Educação Assistida por
Animais de Campinas (Ateac). Porém, alguns tipos de pacientes e alguns quadros
clínicos têm um resultado já atestado. Confira quais são eles.
Estimula crianças
Diversos problemas infantis podem ser melhorados
com o convívio com animais. Um exemplo é a melhora do quadro de portadores de
autismo. "Elas têm muita dificuldade no contato social e a simples presença
de um animal treinado associada a atividades adequadas para eles auxiliam nesse
desenvolvimento", relata Paula Lopes, neuropsicóloga da Associação
Brasileira de Hippoterapia e Pet Terapia (Abrahipe) e do Centro de Reabilitação
Gessy Evaristo de Souza. Estudos mostram que as crianças autistas apresentam
diminuição nos comportamentos negativos, como agressividade, alienação,
isolamento, entre outros com a presença de cães nas seções, por exemplo.
Hiperativos também encontram benefícios com essa
terapia. "O bicho pode deixar a criança mais calma, eu mesmo trabalho com
uma que até diminuiu a dose do remédio", conta José Luis Dorici, professor
de educação física, adestrador de cães e fundador e coordenador do Projeto Novo
Guia, que trabalha com TAA há 13 anos.
Benefícios para os idosos
Os animais são usados principalmente em idosos que
apresentam o mal de Alzheimer, mas não existem ainda muitas pesquisas
corroborando essa relação. "Observamos, porém, que o contato com o animal
proporciona alguns benefícios que podem ajudar na diminuição do impacto
emocional desta patologia", descreve a psicóloga Laís Milani, membro da
diretoria da área de Inataa. Entre os benefícios estão a melhora do humor,
relaxamento e diminuição da agressividade e do estresse, proporcionados pela
doença.

O contato é muito benéfico para pessoas mais velhas
em geral. José Luis Doroci, fundador do Projeto Novo Guia, de São Carlos,
observa isso na prática. "Eles podem estar estressados, revoltados, mas quando
você chega com o animal, começam a contar a vida dele, falar de seus problemas
e melhoram", explica o educador físico e adestrador. À longo prazo,
atividades e terapias com animais podem ajudar em sintomas depressivos,
aumentar a socialização de alguns idosos e ate incentivar a adesão a outras
terapias.
Tratamento contra o câncer
O tratamento do câncer, principalmente quando
envolve radioterapia ou quimioterapia, resulta em muitos efeitos colaterais e
desgastes para os pacientes. Nesses casos, há uma grande melhora terapêutica no
convívio com animais, com uma série de benefícios. "Dentre eles podemos
citar a maior interação com os profissionais envolvidos no tratamento, alívio
da dor e desconforto, redução da ansiedade e de sintomas depressivos,
diminuição da sensação de solidão ocasionada pelo tratamento, entre
outros...", lista Cristiane Blanco, psicóloga do Inatta.
Tratamento de doenças cardíacas
Há uma literatura médica extensa sobre a relação
entre animais e o tratamento de doenças cardíacas. Uma pesquisa realizada pela
Baker Medical Research Institute comprovou que proprietários de cães e gatos
apresentam taxas menores de colesterol e triglicérides que aqueles que não
tinham animais. Ambas as taxas favorecem a aterosclerose, formação de placas
que entopem as artérias, possibilitando infartos e outros problemas no coração.
Além disso, ter um animal de estimação faz com que pacientes com maiores riscos
de problemas cardiovasculares, por apresentarem fatores de risco como fumo e
excesso de peso, melhoram seus hábitos ao possuírem um animal de estimação.
"Já existe um vínculo formado entre o animal
de estimação e seu dono. Há de se pensar na empatia estabelecida entre ambos, o
que reforça aspectos psicológicos positivos nesta interação, pois envolve
emoções, lembranças", acredita a psicóloga Fabiana Oliveira, do Ateac.
Reduz o estresse
É comprovado que o contato com os animais ajuda a
liberar diversos hormônios do bem: endorfinas beta, prolactina e oxitocina.
Eles todos atuam regulando as taxas de cortisol, hormônio relacionado ao estado
de alerta, o que reduz o estresse. A psicóloga Laís Milani, da Inataa, relembra
outros benefícios: "Estudos indicam que a interação homem-animal traz uma
sensação de bem-estar e conforto, resultando na diminuição dos níveis de
adrenalina, relacionado ao aumento da pressão arterial". Além disso, essa
convivência libera outro hormônio, a acetilcolina, que está relacionada ao
estado de tranquilidade, diminuição da pressão arterial, frequência cardíaca e
respiratória, todos sintomas do estresse.
Melhora o quadro de depressão
É um consenso entre os especialistas que estar com
um animal de estimação aumenta a autoestima, senso de valor próprio, o
estabelecimento de hábitos positivos e o interesse pelo outro. Tudo isso pode
beneficiar pacientes depressivos, que apresentam problemas nessas áreas.
"Estudos verificaram um aumento da produção e liberação da serotonina e
dopamina, hormônios responsáveis pela sensação de prazer e alegria, após 15 a
20 minutos de interação com o cão", reitera a psicóloga Cristiane Blanco.
Ajuda no tratamento de paralisias
A pet terapia pode ajudar na reabilitação de
pacientes de um derrame cerebral, vítimas de acidentes ou portadores de
paralisia cerebral, entre outros quadros que envolvem a paralisia. São casos
que envolvem muita fisioterapia e também uma queda de autoestima dos pacientes,
portanto a interação com os bichos pode ser fundamental para evoluir a parte
motora e também atuar no aspecto emocional do paciente. ?As crianças com
paralisia cerebral se beneficiam demais, principalmente nos aspectos
cognitivos, motores e emocionais?, relata Paula Lopes, neuropsicóloga da
Abrahipe. Os cães, por exemplo, podem ser usados durante os exercícios
inclusive, o que tira o foco do tratamento para a doença, e o torna uma
brincadeira, mesmo para o adulto.
Já que assim é, precisamos tratar muito bem os
animais que nos ajudam a cuidar da saúde das pessoas.
Beijão para as amigas e até amanhã.
Lady Chic
Por
Beth Vasconcelos