Olá amigas queridas seguidoras do Lady Chic Blog, luz e paz para todas nesta sexta feira de oportunidades.
Antes de qualquer coisa eu quero me solidarizar com as mães que perderam filhos, e com as pessoas que tiveram suas vidas dilaceradas pela tragédia que vitimou os alunos da escola de Realengo no Rio de Janeiro, ontem.
Como a vida tem que continuar eu convido a todos a refletirem sobre o tema de hoje, num texto de Samanta Dias da Equipe do site B Bel Um Estilo de Vida que na oportunidade nos mostra como lidar com a privacidade dos filhos.
Acompanhem por favor.
O artigo afirma que os pais e os amigos têm papéis diferentes na vida das pessoas, mas não é difícil ouvir alguém dizer que é muito amigo dos filhos e que entre eles não existe segredo.
A relação de amizade implica em coleguismo, parceria e aceitação. Enquanto amigos correm risco juntos, o papel dos pais é de corrigir, educar, cuidar, estipular regras e orientar.
Para a psicóloga Paula Gomide, autora do livro "Pais presentes pais ausentes: regras e limites", é preciso entender que ser um pai afetuoso e presente não significa conhecer a intimidade dos filhos.
Ela comenta que o relacionamento dos pais com os filhos deve ser pautado pela confiança, sem aquela supervisão estressante que parece uma fiscalização ininterrupta.
Estreitar os laços de amizade pode ser uma tentativa de manter a proximidade entre a família, mas os pais precisam respeitar a privacidade dos filhos.
"Os filhos devem ter privacidade e ser respeitados naquele momento em que não estão dispostos a falar sobre seu problema (assim como os adultos).
Obrigar o filho a falar é invasivo e não surte efeito, apenas o deixa irritado e hostil", ressalta a psicóloga.
Gomide acrescenta que um bom relacionamento entre pais e filhos permite que o filho procure os pais quando está em dificuldades, sabendo que terá suporte e afeto para resolver o problema.
Filhos precisam de privacidade desde crianças, é assim que eles aprendem a ter sua própria intimidade e respeitar a dos outros.
O exercício do respeito à privacidade em hábitos como bater na porta antes de entrar, perguntar se pode mexer ou não em algo (bolsa, carteira, celular, etc) deve ser parte integrante e essencial da formação de "boas" atitudes dos filhos.
Na opinião da psicóloga Vera Otero, um bom relacionamento entre pais e filhos, sejam estes adolescentes ou não, não significa que eles sejam amigos. Para ela, pais e filhos podem e devem ser companheiros, parceiros para muitas situações, atividades e em muitos contextos, mas sempre devem ser pais e filhos.
Privacidade se constrói com conversa
Vera explica que a proximidade entre os membros da família deve ser construída de outra forma. Os pais têm de se interessar pela vida dos filhos e precisam ensinar o filho a se interessar pela vida deles.
No entanto, ela alerta que os jovens não estão preparados para ouvir e entender os problemas dos pais.
"Os pais são adultos e têm atribuições, problemas pessoais e profissionais e dificuldades que o jovem poderá não estar preparado para saber e compreender, portanto não podem ser divididas com os filhos.
Não se pode confundir uma atitude criteriosa de partilhar (altamente desejável) determinadas vivências, opiniões e posicionamentos, com mostrar e escancarar tudo para os filhos", comenta Vera.
A vontade de entrar na intimidade dos filhos, atitudes como se relacionar com os amigos deles nas redes sociais e "xeretar" sobre as paqueras pode revelar as mais diferentes realidades de pessoa para pessoa.
"Dentre as possíveis situações, podemos enumerar cuidado com os filhos, necessidade de saber o que anda acontecendo na vida deles, vontade de 'tornar-se' novamente adolescente, preencher vazios da própria vida dos pais e curiosidade com 'diferentes graus de patologia', por exemplo", explica Vera.
Conversar sempre com filhos é um meio adequado para saber se a privacidade deles está sendo invadida.
Os pais devem aprender a nomear e a classificar corretamente seus próprios comportamentos, mesmo nas situações em que é necessário investigar mais a fundo as atividades dos filhos.
"A conversa franca e respeitosa é sempre o melhor caminho.
Os pais precisam expor para os filhos qual é a real preocupação que eles estão tendo em relação a um determinado comportamento dele, ou alguma situação que imaginam que ele esteja vivenciando", completa Vera
Abraços carinhosos para todas
Por
Beth Vasconcelos
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