Ola amigos seguidores do Lady Chic Blog, prosperidade para vocês neste dia lindo.
Nosso assunto hoje é um artigo de GUILHERME SCHNEIDER, onde se denuncia os Gadgets que sustentam uma guerra civil.
Acompanhem por favor
A edição nº 237 da Revista Galileu (a do mês de abril – por enquanto só assinantes receberam) traz uma matéria bem interessante intitulada “Gadgets de Sangue“, assinada por Felipe Pontes.
O texto levanta uma questão importante, sobre a exploração na minas que exploram o solo africano, especialmente na República Democrática do Congo.
O que isso tem a ver com cultura nerd/geek? Bom, se você se preocupa com a origem das peças do seu videogame ou celular, talvez seja bom ler um pouco sobre isso (para saber como pode ser financiada uma sangrenta guerra civil).
As grandes empresas de eletrônicos tem feito ao longo dos anos vista grossa para a origem dos minérios, pois todas dependem basicamente de quatro minérios encontrados em áreas de conflitos: tântalo (que armazena energia nas baterias de smartphones e computadores), estanho (solda circuitos), tungstênio (fundamental para o uso do vibracall de celulares), e o super conhecido e cobiçado ouro (que aperfeiçoa conectividade).
Os minérios vendidos em zonas de conflitos do Congo são de 30% a 50% mais baratos que a média, o que “justifica” sua escolha.
Estima-se que os grupos armados congoleses já mataram mais de 5,5 milhões de pessoas e estupraram mais de 200 mil mulheres.
Tudo sob o respaldo que o poder dos milhões de dólares injetados pelas empresas de eletrônicos oferece.
Em um ano as cifras podem se aproximar da marca de US$ 200 milhões, o que é dinheiro mais do que suficiente para manter exércitos fortemente armados. E assim mandar e desmandar em territórios esquecidos pelos governantes do país com o 2º pior IDH do mundo (atrás do Congo apenas o Zimbábue).
O Enough Project (“Projeto já basta”) busca pressionar as fabricantes e consolidar um selo de fornecedores. Caso parecido foi levantado no filme “Diamantes de Sangue” (2006): o filme estrelado por Leonardo DiCaprio tratava sobre a exploração violenta em Serra Leoa. O Enough Project listou as 21 principais empresas de produtos tecnológicos em um ranking das que combatem ou não essas práticas de exploração.
Entre as empresas listadas estão as três gigantes dos videogames: Microsoft, Sony e Nintendo. E o resultado que mais chamou a atenção foi a empresa sinônima de Mario Bros ficar em último lugar da pesquisa, como a que não procura combater a compra de minérios nas áreas de conflito.
O site disponibiliza um link para enviar mensagens para a Nintendo se manifestar sobre o caso (e você pode enviar também em: Raise HOPE for Congo).
A empresa mais bem colocada é a Hewlett-Packard (HP).
Agora, as questões importantes nisso tudo: você usuário de gadgets se importa com a origem das peças dos seus aparelhos? Deixaria de comprar algum produto baseado nisso? Ou mesmo: pressionaria determinadas empresas a rastrearem a origem dos minérios, exigindo a não proveniência das áreas de conflito?
Abraçando a todos
Por
Beth Vasconcelos
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