
Nosso assunto hoje vem do site Bolsa de Mulher já por nós conhecido, num texto de Nayara Marques, falando sobre mulheres que vão à caça. Poderíamos chamar estas mulheres de atrevidas ou modernas?
E os homens, gostam desse tipo de mulher?
Acompanhem e tirem suas conclusões.
Em "Passione", Melina (Mayana Moura) investiu pesado na conquista de Mauro (Rodrigo Lombardi). A personagem vivida pela it girl da hora, Mayana Moura, deu show de persistência e atitude ao correr atrás do que quer - ou, melhor, de quem quer.
Como ela, muitas mulheres vão à caça e não ficam esperando serem caçadas. "A mulher adota cada vez mais uma postura atuante no mundo moderno", contextualiza a ex-modelo. Até que ponto esta mudança é aceita entre homens e mulheres?
O Bolsa de Mulher investigou, junto a especialistas, as causas e consequências desta inversão de papéis nos relacionamentos amorosos.
Segundo a psicanalista e psicóloga do Instituto de Psicologia da UERJ Susan Guggenheim, a discussão tem origem na inserção da mulher no mercado de trabalho: "Existe uma determinação cultural antiga de que a mulher deve ser passiva.
Mas a partir do momento em que a cultura exige que a mulher tenha mais iniciativa em todos os campos, como o profissional, o lado sentimental acaba sofrendo mudanças e a mulher passa a ser ativa no âmbito dos relacionamentos".
Atriz conhecida por lançar tendências, Mayana Moura conta que vê semelhanças entre ela e a personagem. "Interessante, conflituosa e cheia de dualidades. Interpretar a Melina tem sido um desafio, uma responsabilidade, uma oportunidade única acima de tudo. Trabalhoso, mas muito gratificante. Me identifico com a determinação com que ela luta pelo que quer. O foco.
Mas uma diferença é que Melina é emocional, impulsiva e solar. Eu sou racional, reservada e lunar", destaca. Atitude e iniciativa são duas palavras que fazem parte da personalidade da atriz: "O impulso de agir é recorrente. Sinto que é algo profundo e imutável do meu caráter. A 'não ação' pra mim seria uma questão".
Para Mayana, existe uma linha tênue entre a independência que sente hoje a mulher e a imposição de um norma de mudança do comportamento feminino. "O padrão social hoje não é tão claro, nem tão restrito como já foi um dia. Antes se o homem não pagasse a conta era considerado rude, mal-educado. Hoje não é bem assim.
Mas nem toda mulher gosta de ‘dividir a conta' ou se sente confortável em ‘ser convidada', e tem ainda as que dizem ‘deixa comigo, gato'. Cada uma tem um comportamento dentro da mudança de comportamento", filosofa.
O psicólogo Silmar Coelho credita os "novos tempos" à conquista feminina de postos de liderança. "A cultura, a abertura de trabalho para as mulheres e os postos de liderança que alcançam fazem com que tenham mais confiança em si mesmas. Hoje há mulheres em altos cargos.
O problema é que muitas delas, ao se igualarem aos homens, os imitam no que eles têm de pior, como vícios, busca do prazer e perda da feminilidade. Elas têm todo o direito de lutarem pela felicidade, mas essa busca não pode acontecer a qualquer preço", reforça.
A mulher com mais iniciativa pode ser vista com preconceito, principalmente pelos homens, alerta Silmar: "É claro que depende do homem.
Alguns que querem apenas 'ficar', acham ótimo que a mulher 'parta para cima', mas há homens que ainda preferem serem os 'caçadores' e não a 'caça'. Existe, para alguns, a suspeita de que a mulher 'oferecida' não é confiável".
Abraçando a todas
Lady Chic
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