Olá meninas, saúde e paz para vocês nesta linda
segunda feira de junho.
Hoje nosso assunto é um presente do site Minha Vida
por seu especialista Dr. Roberto Navarro – Nutrologia que nos orienta sobre os
cuidados na alimentação das pessoas com gastrite.
Ele nos diz quais as comidas e bebidas que devem
ser evitadas e as mudanças necessárias nos hábitos alimentares.
Vamos apreciar com muito carinho
DR ROBERTO NAVARRO |
Uma das queixas muito frequentes atualmente nos
consultórios médicos é a "dor no estômago", chamada pela classe
médica de dor epigástrica ou epigastralgia. A "queimação" no estômago
ou azia também acompanha o repertório de queixas que pode indicar algum
problema no aparelho digestivo.
A abordagem médica inicial tem como objetivo
compreender melhor se os sintomas citados realmente podem ser por problemas
estomacais, ou se podem ser por alterações de outros órgãos envolvidos como
fígado ou pâncreas, que podem confundir o diagnóstico mais preciso. Uma vez
suspeitando-se ser o estômago o órgão desencadeador dos sintomas, exames
complementares podem ser solicitados para confirmação diagnóstica, ficando a
critério do médico assistente a necessidade ou não dos mesmos.
A gastrite (inflamação da mucosa do estômago) pode
ser desencadeada por várias causas, como algumas citadas abaixo:
Colonização por bactéria (Helicobacter pylori).
Uso de medicação por tempo prolongado que agride a
mucosa gástrica (anti-inflamatórios, ácido acetilsalicílico)
Aumento da secreção ácida do estômago por estresse
(gastrite "nervosa")
Intolerância (individual) a alguns alimentos
irritantes da mucosa gástrica.
Dentro dos tratamentos iniciados para o paciente
com gastrite, além da medicação específica, há grande importância para a
questão alimentar, sendo muitas vezes decisiva na melhora do quadro clínico.
Cuidados ao se alimentar
Primeiramente, é importante evitar dar intervalos
muito grandes entre as refeições, pois para alguns pacientes predispostos
geneticamente o contato do suco ácido do estômago diretamente com as células da
mucosa gástrica pode levar à uma irritação local e desencadear a gastrite. Isto
não acontece quando o alimento está no estômago funcionando como uma barreira
física entre o ácido clorídrico produzido pelo estômago e sua mucosa. Muitas
horas sem se alimentar também pode piorar a azia. O ideal é comer de 3 em 3
horas.
Alguns hábitos devem ser estimulados no paciente
com gastrite, como fracionar a alimentação em volumes menores, evitar refeições
"pesadas" com muitos alimentos, de fácil mastigação e digestão (refeições
mais leves) em temperaturas não muito elevadas, a fim de contribuir para a
melhora do quadro clínico.
Alimentos que devem ser evitados
Alimentos mais gordurosos geralmente necessitam de
uma digestão mais intensa, exigindo uma produção maior de suco digestivo pelo
estômago que, por ser muito ácido, pode piorar o quadro da gastrite, como é o
caso das frituras, carnes gordurosas, manteiga, chocolate, queijos gordurosos
(amarelos), biscoitos amanteigados, croissants e embutidos como bacon, salame,
presunto gordo, salsichas e mortadela. Alguns temperos e condimentos fortes
também podem trazer desconforto ao paciente com gastrite, como pimentas,
noz-moscada, vinagre, mostarda, cravo-da-índia e páprica, sendo melhor
evitá-las principalmente na fase inicial dos tratamentos.
Alguns pacientes, mas não todos, referem piora da
gastrite com algumas frutas mais ácidas como as cítricas: limão, abacaxi,
maracujá, laranja, acerola, tangerina e morango. No início dos tratamentos é
prudente evitá-las. Alimentos em conserva como o caso dos picles, enlatados,
tomates e seus subprodutos como molhos e extratos também são descritos como mal
tolerados pelos pacientes, tendo suas ingestas desencorajadas do ponto de vista
alimentar.
Cuidados ao ingerir líquidos
As bebidas alcoólicas causam uma irritação direta
na mucosa gástrica, além de estimular o aumento da produção do suco ácido do
estômago, sendo portanto proibido seu uso nos pacientes com gastrite. O café
(que contém cafeína) também é descrito como alimento a ser descontinuado, pelos
mesmos motivos anteriormente citados, embora alguns pacientes tolerem pequenas
quantidades.
Beber muito líquido nas refeições pode dificultar o
processo adequado da digestão, devido à diluição do suco gástrico, sendo o
volume máximo de 200 ml o permitido para não atrapalhar a eficiência digestiva
e desencadear a sensação de "estufamento" após a refeição. A cultura
popular de tomar leite para diminuir a acidez do estômago deve ser evitada,
pois ao diminuir abruptamente essa acidez, o corpo interpretará em seguida como
"falta" de acidez no estômago e passará a produzir uma quantidade exagerada
de suco gástrico, que é ácido, algum tempo depois da ingesta do leite, voltando
o sintoma de "queimação", fenômeno chamado de efeito rebote, piorando
mais a ainda os sintomas dispépticos.
Outros cuidados
O tabaco (cigarro) pode estimular a produção de
ácido clorídrico pelo estômago elevando demasiadamente a acidez local, podendo
contribuir para o aparecimento ou para a piora da gastrite, devendo ser
formalmente evitado.
Diminuir o estresse, reservando horários para
momentos de lazer e relaxamento, buscar psicoterapia de apoio para casos
específicos de transtornos da ansiedade e ajuda de medicação específica (sob
prescrição médica) em casos mais extremos são atitudes importantes na busca do
tratamento da gastrite "nervosa".
Alimentos aliados contra a gastrite
Quanto aos hábitos alimentares que podem contribuir
para a melhora da gastrite ainda é um assunto polêmico na medicina, mas
certamente as observações das experiências acumuladas no dia a dia do
consultório permitem predizer alguns fatos, como descritos abaixo:
Verduras (cozidas) como couve e espinafre são
coadjuvantes no controle da acidez estomacal excessiva, podendo fazer parte das
escolhas do dia a dia.
Chás de melissa, erva-cidreira, espinheira santa,
erva-doce e camomila podem contribuir como coadjuvantes no alívio dos sintomas,
mas jamais substituem os tratamentos medicamentosos.
Por fim, procurar ajuda de médicos e nutricionistas
é fundamental para o diagnóstico correto da gastrite e seu tratamento
envolvendo também o direcionamento nutricional adequado.
Desde já meu agradecimento ao site Minha Vida que
tanto nos orienta e em especial ao Dr. Roberto Navarro – Nutrologia, pelos
excelentes esclarecimentos.
Um beijo para as amigas, muito obrigada pela
atenção e até amanhã.
Lady Chic
Por
Beth Vasconcelos
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