Olá amigas queridas do meu blog, saúde e paz para
vocês.
Nosso encontro hoje apresenta essa matéria do UOL
MULHER – COMPORTAMENTO, crédito de Louise Vernier e Rita Trevisan, onde se diz:
Tem medo de viajar de avião? Voe com medo mesmo.
A autora garante que enfrentar o medo de avião fará
com que você tenha mais oportunidades na vida.
Vejamos os detalhes.
De acordo com o levantamento Injury Facts,
realizado pelo Conselho Nacional de Segurança dos Estados Unidos, em 2014, uma
em cada sete pessoas morre de ataque cardíaco ou câncer, enquanto apenas uma em
cada 8.357 é vítima fatal de um acidente aéreo. Porém, ainda que o meio de
transporte seja um dos mais seguros que existem, muitas pessoas têm medo de
viajar de avião.
Segundo a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil),
a fiscalização da segurança das aeronaves é prioridade e vai além das ações
observadas nos saguões dos aeroportos. Atualmente, todos os aviões têm de ser
certificados e os procedimentos adotados pelas empresas de aviação e aeroportos
precisam ser habilitados pela agência.
Além disso, há todo um cuidado em relação a quem
estará pilotando a aeronave. A ANAC exige um total de 1.500 horas de voo para
conceder uma licença de piloto de linha aérea, o que corresponde a 62 dias
completos no ar.
Para quem não se contenta com números e
estatísticas, a boa notícia é que é possível superar a fobia de avião. "O
cérebro é capaz de recondicionar o medo. A amídala cerebral, estrutura que
funciona mais ou menos como a memória do medo, é reprogramada quando o
indivíduo enfrenta a situação. Aos poucos, a pessoa passa a se sentir mais
tranquila e segura, até que o problema é completamente resolvido", afirma
o psiquiatra Luiz Vicente Figueira de Mello, supervisor do Programa Ansiedade
do IPQUSP (Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo).
Porém, é importante diferenciar o medo da fobia.
"Ao contrário da fobia, o medo não impede o indivíduo de realizar as suas
atividades. Então, mesmo se sentindo desconfortável, a pessoa que sente medo
tentará enfrentá-lo", explica o psicólogo Julio Peres, especialista em
Neurociência e Comportamento pelo IPUSP (Instituto de Psicologia da
Universidade de São Paulo).
"Nós dois tínhamos o sonho de dar a volta ao
mundo antes mesmo de nos conhecermos. E nossa vontade foi ficando cada vez
maior. Até que um dia a gente resolveu largar tudo, vender tudo e viajar. A
gente tinha dinheiro para o primeiro ano de viagem. Ficamos sete meses em
Londres para juntar mais, nos hospedando na casa de amigos e familiares do meu
marido, Robert. Por ser inglês, ele conseguiu juntar mais dinheiro do que eu,
mas trabalhei bastante em creche, fiz faxina. Viajamos em 2002 e só voltamos em
2005. Foram três anos e meio de viagem e 50 países conhecidos a bordo de um
carro. Sempre curtimos viajar de carro, porque ele te dá uma liberdade maior e
autonomia para chegar a locais remotos. Transformamos o carro e dormíamos e
cozinhávamos nele. A longo prazo, isso era mais barato". Grace Downey, 37,
educadora física que viajou pelo mundo com o marido, o inglês Robert Ager.
Autores do blog challengingyourdreams.com. Foto na Península Maraú, Bahia. Por
Andrezza Czech, do UOL, em São Paulo Arquivo pessoal
Já as fobias, que são muito mais limitantes,
geralmente, estão associadas a acontecimentos passados, em que a pessoa
experimentou significativo medo. Conforme explica Peres, locais, situações e
sensações ligados ao fato podem disparar a memória do evento, ativando
mecanismos de alerta, que indicam que o episódio traumático está para acontecer
novamente, gerando sensações desagradáveis.
No caso da fobia de avião, de acordo com o
psiquiatra Luiz Vicente Figueira de Mello, as causas podem ser divididas em
três categorias: a fobia de avião propriamente dita, a agorafobia e a
claustrofobia.
No primeiro caso, a pessoa tem pavor da
possibilidade de estar no avião e algum acidente acontecer. Já o segundo tipo
de fobia, muito confundido com o primeiro, está relacionado ao medo de passar
mal enquanto estiver voando. "A pessoa tem receio de ter uma síncope
dentro do avião", afirma o psiquiatra. Por fim, quem é claustrofóbico pode
evitar o meio de transporte com temor de ter uma crise por se sentir preso e
sem alternativa de deixar a aeronave.
Segundo Neuza Corassa, psicóloga do Centro de
Psicologia Especializado em Medos, nem todo mundo necessita de terapia para
vencer a fobia, mas é importante organizar um plano para trabalhar a questão, o
quanto antes. O primeiro passo para alcançar o controle é buscar o
autoconhecimento, a fim de descobrir e atacar o foco do medo. "Ler sobre o
assunto e prestar atenção em si mesmo, principalmente quando o medo surge, são
boas estratégias", diz Neuza.
Estratégias certeiras
Outra recomendação é enfrentar o sentimento de
maneira progressiva. "O indivíduo deve passar a conviver gradual e
repetitivamente com o ambiente do aeroporto. Primeiro, ele faz uma visita ao
local; depois, leva ou vai buscar algum familiar que foi viajar e, na
sequência, embarca para uma viagem de curta distância. Aos poucos, estará
fazendo longas viagens. Mas é importante que voe mais de uma vez", declara
Mello.
Durante esse processo, é válido resgatar o
repertório de vitórias, como conquistas no campo familiar, profissional,
acadêmico. "Essas recordações ajudam a fortalecer a autoimagem de pessoa
corajosa e vencedora", afirma Peres.
Quando estiver com a viagem marcada, também é
importante se preparar, para diminuir o nervosismo que bate antes do voo. E uma
das orientações é praticar atividades físicas. "Os exercícios ajudam na
produção de endorfina, hormônio responsável pela promoção do bem-estar e da
sensação de relaxamento, o que é ótimo para combater a tensão muscular e a ansiedade",
explica a psicóloga Neuza Corassa.
Programar-se para chegar com antecedência também é
uma boa estratégia. Isso porque a ocorrência de atrasos ou contratempos costuma
aumentar muito o nível de ansiedade.
Dentro da aeronave, procure imaginar que a viagem
terá início, meio e fim, e que o destino lhe proporcionará coisas boas, como
entretenimento ou excelentes negócios. E, por fim, não brigue com o medo.
"A fobia de avião é um transtorno leve e que pode ser superado. Muitas
pessoas perdem excelentes oportunidades na vida, tanto no que diz respeito ao
lazer quanto ao trabalho, por conta do medo. Mas não vale a pena trocar de
emprego, por exemplo, só por causa disso. É muito melhor procurar ajuda",
declara Mello.
Tratamentos específicos
Quem não consegue lidar com a fobia sozinho pode
contar com o apoio de especialistas. Alguns, inclusive, desenvolveram
tratamentos específicos para quem tem medo de avião. É o caso da psicóloga
Neuza Corassa. "A duração do tratamento varia de acordo com o paciente,
mas leva, em média, de 12 a 14 sessões", explica a especialista.
Neuza realizada atendimentos para diagnosticar a
causa da fobia e tratá-la. Depois, acompanhado da psicóloga, o paciente faz
visitas ao aeroporto para se familiarizar com o local. Mas, para receber alta,
ele precisará encarar a prova de fogo: voar de Curitiba (PR), onde fica o
consultório da psicóloga, a São Paulo (SP).
"A viagem pode ser feita em minha companhia ou
na companhia de alguém que o paciente escolher. Em muitos casos, voamos,
almoçamos em um restaurante em São Paulo e, na sequência, voltamos. O
importante é vivenciar a experiência do voo de maneira tranquila", explica
Neuza.
Beijos carinhosos no coração das amigas e meu
agradecimento ao Uol Mulher pelos excelentes esclarecimentos.
Lady Chic
Por
Beth Vasconcelos
Nenhum comentário:
Postar um comentário