Olá amigas queridas, saúde e paz.
Hoje falaremos sobre saúde refletindo sobre o texto
do site Minha Vida por Denise Steiner Dermatologia. Ela afirma que as doenças
de pele, como acne e vitiligo, podem ter origem emocional, nos fazendo em
seguida que doenças são essas e qual a relação delas com os sentimentos do
paciente
Vejamos os detalhes.
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Denise Steiner Dermatologia |
Levantamentos feitos por vários Centros
Dermatológicos dos Estados Unidos mostraram estatísticas variáveis indicando
que de 40% a 70% das pessoas que procuravam os serviços de dermatologia teriam
também associado algum tipo de distúrbio psicológico e problemas de ordem
emocional. Esses pacientes reclamam de coceiras aparentemente sem causa, lesões
na pele, insensibilidade cutânea entre outros. Sintomas que podem estar muito
além dos problemas de pele, podendo ser sinal de sérios distúrbios psíquicos.
Podemos citar como exemplo a dermatite factícia ou
artefata, que pode ser os primeiro sintoma de uma depressão severa ou ainda
indicar que o paciente está sob alto nível de estresse ou ansiedade. Confira, a
seguir, algumas doenças que se relacionam com problemas psicológicos, quando a
emoção está à flor da pele:
Vitiligo e psoríase
Doenças como vitiligo e psoríase ainda não tem suas
causas totalmente esclarecidas, mas o estado emocional sempre interfere muito
no tratamento. Por se tratarem de doenças de pele visíveis, o paciente na
maioria das vezes se isola, fica depressivo, envergonhado e quando acontece o
contrário, os médicos observam que em períodos de tranquilidade e felicidade da
pessoa, acabam não aparecendo novas manchas e a doença permanece controlada,
situação inversa aos períodos conturbados, onde as manchas aumentam de forma
assustadora.
Embora a ciência ainda não tenha encontrado
respostas para muitos problemas, sabemos que alterações emocionais
desequilibram o organismo e, portanto, a tristeza, angústia e raiva sempre irão
prejudicar um possível tratamento.
Estresse
O estresse físico ou emocional tem repercussões em
inúmeras dermatoses e estas, indiscutivelmente também são geradoras de
estresse. Para o dermatologista é fundamental ter presente esta relação que
ocorre em grande número de doenças de pele, e sempre procurar avaliar a
integração entre sentimentos, conflitos e estresse em cada paciente que o
procura.
Podemos citar algumas doenças que tem relação com o
estresse. O prurido na pele, irritação na pele, que é sintoma de diversas
dermatoses, sem dúvida sofre grande influência do estresse. Há dermatoses que
não possuem como características o prurido, mas em situações de estresse, este
passa a fazer parte do quadro. Em outras doenças em que o prurido é uma
característica percebe-se ampla variação da sua intensidade em função de
fatores emocionais, podendo ser este desde discreto até incontrolável ou
desesperador. É importante lembrar que o prurido geralmente ocorre em função de
uma dermatose ou doença sistêmica, porém seu aparecimento, manutenção ou
agravamento sofrem nítida repercussão emocional. Além disso, quando não se
descobre a causa desencadeante do prurido, pode- se classificá-lo como
psicogênico.
Levando-se em conta o importante componente
estético representado pelos cabelos, é possível imaginar o estresse emocional
que a perda dos mesmos é capaz de gerar. Neste caso, vários tipos de alopecias
pode ser causadas pelas emoções.
Acne
No caso da acne, é importante ressaltar o estresse
ocasionado pela doença em si. Tendo em conta que a acne acomete principalmente
adolescentes, que já vivem um período de estresse representado pelas alterações
fisiológicas da puberdade, conviver com as lesões acaba sendo traumatizante.
Muitos sentem-se constrangidos pela aparência do quadro e vivem conflitos
emocionais que repercutem por longo tempo ou até por toda a vida. Mesmo quando
a acne não está ativa, as cicatrizes que em muitos permanecem, são queixa
frequente no consultório dermatológico e motivo de preocupação para muitos
adultos que tiveram acne na adolescência.
A acne vulgar, dermatose extremamente comum na
adolescência, representada por quadros de intensidade variável, que vão desde
comedões e pápulas até pústulas, cistos e trajetos fistulosos (acne
comedoniana) sofre também influência de estresse. As maiorias dos pacientes com
acne referem agravamento do quadro com estresse. É importante lembrar ainda
dentro da acne, os casos de acne escoriada, em que há manipulação das lesões
pelo paciente promovendo a formação de escoriações crostas e cicatrizes, é
fundamentalmente um quadro neurótico ou psicótico, sofrendo influência de
estresse emocional, sendo necessário em certos casos o uso de antidepressivos.
Dermatite atópica
A dermatite atópica ocorre normalmente associada à
asma, rinite alérgica ou urticária. Manifesta- se por surtos de eczema
pruriginoso em locais característicos. É uma doença crônica com períodos de
crise e acalmaria. Há relação com estresse e este pode inclusive desencadear
uma crise e piorar o prurido. Na dermatite atópica, o próprio eczema e o
prurido são também fatores que geram estresse. Em alguns casos torna- se
necessária psicoterapia comportamental para controle do hábito de coçar.
Disidrose
A disidrose ou eczema disidrótico é um quadro com
lesões nas palmas e plantas das mãos e pés, que tende a voltar com frequência,
que pode ser causado por infecções por fungos e bactérias, ingestão de certos
medicamentos, contato com substâncias irritantes, e pode também estar associado
a fatores emocionais. Na disidrose, sabe-se que fatores estresseantes podem
desencadear a dermatose por si só, sem que nenhuma das outras causas citadas
estejam presentes.
Líquem
Líquem simples, crônico ou neurodermite se
caracterizam por uma placa liquenificada extremamente pruriginosa e de evolução
crônica. Neles, ocorrem uma resposta cutânea a um estímulo inicial (picada de
inseto, fator irritante químico ou físico), sendo, entretanto o fator emocional
o mais importante, observando-se sempre como base ansiedade ou compulsão.
Forma-se então uma reação em cadeia, onde o prurido leva à liquenificação, que
aumenta o prurido e assim por diante.
Dermatite seborreica
A dermatite seborreica é uma afecção crônica,
recorrente que ocorre em regiões cutâneas ricas em glândulas sebáceas e em
alguns casos em áreas intertriginosas. As lesões são descamativas e atingem no
adulto o couro cabeludo e a face, podendo também afetar áreas centrais do
tórax, região pubiana. A participação de fatores emocionais nos retornos e
agravamento do quadro é bem estabelecido. Estresse emocional pode também
desencadear ou agravar o prurido, principalmente no couro cabeludo.
Rosácea
A rosácea é uma afecção crônica da face caracterizada
por eritema, edema, telangiectasias e pápulas, que podem ou não ser
acompanhadas de pústulas e nódulos. Ocorre uma resposta vascular alterada e
vários fatores têm sido implicados na gênese da rosácea. Sabe-se o estresse
piora o quadro que normalmente já é desagradável para os seus portadores, a
rosácea também é fonte de estresse sendo responsável por constrangimento nos
seus portadores.
Hiperidrose
A hiperidrose cortical ou emocional é uma forma de
hiperidrose generalizada, mais evidente em certas áreas como axilas, região
palmo¬plantar e região perínio-inguinal. Este quadro também é agravado ou
desencadeado por fatores ou estados emocionais. As glândulas sudoríparas são
normais e não ocorre alteração da colinesterase. O estresse é considerado como
parte fundamental, sendo inclusive indicado, em muitos casos, psicoterapia de
apoio.
Distúrbios psicológicos
Existe um tipo de compulsão obsessiva que é quando
a pessoa fere a si mesma e depois alega ter problemas na pele. Como exemplo
disso, temos pacientes que ficam se machucando, se cutucando, o que aumenta a
tendência a terem ?bolinhas? na pele, no braço e pelos encravados. Existem
casos se crianças pequenas que engolem cabelos, pessoas que roem a unha,
arrancam a sobrancelha, entre outros. Temos também o chamado jargão
dermatológicos de "ilusão de parasitose". Nesse caso a pessoa acha
que tem um bichinho caminhando na pele e relata isso ao dermatologista, o que é
um quadro considerado grave e o especialista deve encaminhar o paciente para um
psiquiatra.
Para o dermatologista é nítida a diferença da lesão
que a própria pessoa se provocou, porque nesses casos ficam cicatrizes
profundas, verdadeiras depressões, principalmente se for nas pernas. O
tratamento dermatológico é mais difícil, complicado, e em alguns casos nem
existe, porque a cicatriz é um processo definitivo da pele, é a maneira como
ela se recompôs.
Dependendo do estado do paciente o dermatologista o
encaminha ao psiquiatra que, algumas vezes, indica além do tratamento à base de
medicamentos, uma terapia. Portanto, em se tratando de distúrbio obsessivo
compulsivo o medicamento via oral, no caso o antidepressivo, é muito importante
e eficaz, porque vai agir na raiz do problema, que é de fundo psíquico.
Estão vendo meninas que o nosso emocional se mal
cuidado pode nos deixar doentes e feias?
Beijão para todas e vamos nos cuidar.
Lady Chic
Por
Beth Vasconcelos
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