Amadas amigas do Lady Chic Blog nesta segunda feira exuberante, eu desejo a todos muito sucesso.
Nossa reflexão hoje é sobre o desejo de ser bem-sucessida na vida e como fazer isso.
O artigo é conteúdo do site Cláudia com texto de Juliana Diniz
Acompanhem por favor.
Há 26 anos, quando o mercado de beleza no Brasil ainda era tímido, Edna Onodera, então trabalhando como secretária, percebeu que a estética andava em alta no exterior. Ignorando a descrença dos amigos e do marido, abriu a primeira clínica especializada em beleza feminina em São Paulo.
O negócio, que teve início em uma sala apertada nos fundos da academia do marido, professor de judô, hoje possui mais de 40 unidades em seis estados e atende 100 mil mulheres por ano.
Em 2000, sua filha Lucy, administradora de empresas, sugeriu a criação de franquias e agora está à frente da expansão. As duas comandam a rede, que emprega 900 funcionários, número que aumentará com a inauguração de 15 novas unidades até o fim do ano.
Dica de sucesso
''Se começasse minha carreira hoje, daria mais importância ao planejamento. No início da expansão da rede, vivi apenas o presente. Pensei na estratégia de crescimento, mas não previ o pós-crescimento.
Ainda bem que podia contar com a experiência da minha mãe, que facilitou muito o meu trabalho de desenvolver as franquias. A vivência dela e a minha juventude deram uma liga interessante aos negócios.'' diz Lucy Onodera, 27 anos, diretora-executiva da rede Onodera de clínicas de estética.
''Quando abri a empresa, eu queria tudo para ontem. Meu imediatismo acabava atropelando os funcionários e atrapalhava o relacionamento. Errei muito até perceber que os desentendimentos prejudicavam a empresa.
Hoje, me preocupo mais com o bem-estar e a motivação dos funcionários e escuto muito os outros. Com a Lucy já aprendi bastante. Minha cabeça está mais aberta para sugestões de toda a equipe.'', afirma Edna Onodera, 51 anos, presidente da rede.
Pelegrino José Donato e Luiza Trajano Donato, fundadores da rede de varejo Magazine Luiza, que completou 50 anos, não tiveram filhos. Luiza Helena, a sobrinha talentosa e interessada, foi a candidata natural a herdar a rede.
Por vários anos, acompanhou de perto o trabalho da tia e, ao assumir a superintendência, em 1991, deu início a reformulações surpreendentes para o mercado, como as lojas sem produtos expostos (o cliente pesquisa no computador o que deseja comprar, dispensando a necessidade de estoque e reduzindo custos).
Sob a gestão motivadora de Luiza, o grupo cresceu e há dez anos consecutivos é uma das melhores empresas para se trabalhar, segundo a revista Exame, que avalia companhias do Brasil inteiro.
''Se eu pudesse começar de novo, gostaria de ter compreendido que cada coisa tem seu tempo. Em alguns casos, preferia ter tido paciência para não me precipitar, enquanto em outros queria ter sido mais ousada.
Hoje, não antecipo o que deve ser feito com muita cautela e, da mesma forma, não perco oportunidades por demorar a agir.'', afirma Luiza Helena Trajano, 55 anos, superintendente do Magazine Luiza.
''Seguindo esse raciocínio, reconhecer a importância do tempo me ajudou a dar aos problemas o tamanho real e a não sofrer tanto ao tomar decisões. Quando comecei na superintendência, principalmente por propor inovações, perdi noites de sono.
Também entendi que é preciso acompanhar o ciclo dos negócios e, além do mais, o ciclo das pessoas, porque elas vão amadurecendo e devem ser cobradas de acordo com a própria evolução. Isso vale inclusive para mim mesma.
Como líder, considero fundamental conhecer meus talentos e os do meu time, pois acredito na soma de QIs. Só a experiência nos dá segurança para entender isso tudo.'', completa.
Paula Lavigne começou a carreira de atriz aos 18 anos, no filme ''O Cinema Falado''. Depois de discretas participações em novelas da Rede Globo, como Explode Coração, percebeu que se saía melhor nos bastidores da produção artística.
Em 1992, associou-se à gravadora Natasha Records, onde produziu álbuns de grandes talentos, como Caetano Veloso, então seu marido. Mas foi no cinema que deslanchou como produtora.
Criou a Natasha Filmes, uma das maiores produtoras do Brasil, que orquestrou sucessos como 2 Filhos de Francisco. No momento finaliza Romance, de Guel Arraes.
''Gostaria de ter sabido que trabalhar demais mata. Preferia ter delegado mais funções, respeitado meus limites e ter tido a prudência de perceber que meu ritmo poderia comprometer minha saúde. Nos últimos dois anos, engatei um projeto no outro, perdi 10 quilos, tive três pneumonias e me atraquei com o cigarro após mais de 20 anos sem fumar.
Eu, que sempre fui corredora, saudável, de repente fiquei doente. E por qual motivo? Ambição? Foi bom ter sido impulsiva no começo, sentir aquele frio na barriga a cada nova tarefa, mas o stress me mostrou que eu deveria ter pensado mais em mim.
Agora estou tentando redimensionar o papel do trabalho na minha vida. Não tenho uma loja de sabão em pó, lido com material humano e, se eu não estiver bem, nada funciona como deveria.'', ressalta Paula Lavigne, 38 anos, produtora
A superexecutiva
Até chegar à vice-presidência no Brasil da Oracle, a maior empresa de software empresarial do mundo, Elizabete Waller percorreu um longo caminho. Formada em análise de sistemas e administração, iniciou a carreira como trainee na Pricewaterhouse Coopers, que presta consultoria para grandes corporações.
Em 17 anos de dedicação intensa, conquistou um alto cargo no grupo. Há três anos, deixou o mercado que conhecia tão bem para assumir a direção de consultoria da Oracle no país.
Em pouco tempo, tornou-se diretora de consultoria para a América do Sul e, há seis meses, conquistou a vice-presidência do setor de aplicativos. Seu trabalho, na prática, consiste em ser uma megavendedora de programas adequados às necessidades de cada cliente.
''À medida que você sobe na carreira, não ganha mais tempo para descansar: o trabalho aumenta na proporção das responsabilidades. Eu trabalhava muito, mas acreditava que, quando alcançasse uma posição mais alta, conquistaria uma vida tranqüila. Por isso, adiei a maternidade.
Foi tudo ao contrário. Meu ritmo só acelerou e cheguei a virar noite na empresa com barriga de nove meses. Eu também estava enganada em outro aspecto: diferentemente do que pensava, ser mãe alavanca a carreira da executiva.
Com meus dois filhos, adquiri maturidade, paciência, flexibilidade - foi uma revolução na forma de pensar que aprimorou meu desempenho.
Aprendi que mudanças nos fazem crescer desde que não deixemos que atropelem a carreira. Agora quero tirar o ''vice'' do meu cargo e ser presidente de uma empresa de tecnologia. Mas antes tenho que mostrar bons resultados.
Prefiro dar um passo devagar e seguro para não correr o risco de, depois, ter que andar para trás.'', afirma Elizabete Waller, 42 anos, vice-presidente de aplicativos da Oracle no Brasil.
Abraçando a todas
Lady Chic