terça-feira, 30 de agosto de 2011

DIANTE DA BELEZA E DA FUTILIDADE!!


Bom dia pessoal.

Hoje trago um assunto muito reflexivo sobre talento e beleza, numa gentileza do site Delas, com artigo de Simone Cunha.

O texto inicia com uma afirmação onde se lê “ Sou melhor do que bonita”

Diz ainta que às vezes, parece que a beleza é a qualidade máxima que uma mulher pode ter. Três mulheres extraordinárias mostram que há mais

E pegando carona na novela Global, a autora afirma que a personagem Griselda vai chamar a atenção do marido de Tereza por qualidades que vão além da estética

Acompanhem por favor

“A beleza é uma divindade e este é o padrão de aceitação atual. Ser belo é sinônimo de poder”, avalia a psicóloga Ana Paula Mallet Lima, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Para discutir a supremacia da beleza sobre outras qualidades, a novela “Fina Estampa” contará a história de uma mulher trabalhadora e de aparência comum (Lília Cabral) que rouba as atenções do marido de uma linda mulher (Christiane Torloni). Será que não existe mesmo nada melhor do que ser bonita?

“Para não ficar presa somente à aparência, vale investir em suas capacidades e não se corromper”, diz Ana Paula. De acordo com a especialista, as mulheres costumam ser mais cobradas em relação à beleza, mas elas não podem se reprimir. “Essa mudança de comportamento fará a nossa sociedade amadurecer e, em longo prazo, cultivar novos valores, mais sólidos e menos superficiais”, garante.

A mudança, no entanto, acontece de forma gradual. Três mulheres diferentes, mas igualmente bem-sucedidas, contam como lidam com a cobrança estética e o preconceito.

Há 30 anos, a educadora Dagmar Garroux, ou simplesmente Tia Dag, 57 anos, está envolvida com projetos sociais. E, há 17 anos, fundou a OnG Casa do Zezinho, na zona sul de São Paulo, que hoje atende 1.200 crianças entre seis e 21 anos. Para Tia Dag, estética tem pouca importância. “Nunca fiz as unhas ou me maquiei. Minha vaidade é usar perfume. E não abro mão de jeans, camiseta e tênis. Vestido? Nem pensar! Como vou correr atrás das minhas crianças?”, questiona.

Mas, ela conta que tudo isso tem um preço. Com um trabalho reconhecido internacionalmente, Tia Dag já foi medida de cima a baixo por seu estilo despojado. “Certa vez, fui fazer uma palestra e à portaria disseram que eu não poderia entrar de tênis. Não reclamei. Tirei o tênis e fiz a palestra apenas de meias”, diverte-se.

Para ela, as pessoas devem respeitá-la pelo que faz. “Amo o meu trabalho e o que vale é a essência. O que está fora, pouco importa”, defende. Tia Dag concorda que vivemos em uma sociedade que julga demais pela aparência e, para ela, isso reflete uma baixa autoestima. “Não existe padrão de beleza. Ela é interna. Se a pessoa não estiver bem consigo, os olhos não brilham”, alerta.

A química Mariana Antunes Vieira tem 34 e é uma das vencedoras da edição 2011 do prêmio L’Oréal para Mulheres na Ciência, versão nacional do mais importante prêmio voltado para mulheres cientistas no mundo. Mesmo no meio acadêmico, ela diz que há mulheres prejudicadas pela pressão pela beleza.

“Vejo muitas alunas incomodadas por usar o jaleco. Mas ele faz parte do meu trabalho e não posso colocar minha segurança em risco para não comprometer o visual”, critica. “Tem jovem que não quer realizar determinado trabalho porque a química poderá estragar o esmalte”.

“Acredito que sentir-se bonita é importante. Também gosto. Mas podemos manter a autoestima sem viver em função destes padrões impostos pela sociedade. Sou vaidosa, gosto de estar elegante, mas nada disso tem mais importância que o reconhecimento do meu trabalho”, afirma.

A jovem pianista Juliana D´agostini, 24 anos, teve de enfrentar o preconceito do meio erudito para mostrar que beleza e talento não são excludentes. “Ninguém acredita que uma mulher bonita possa ter outros talentos”, reclama Juliana. E ela sentiu isso na pele. Desde os cinco anos, ela se dedica ao piano. Linda e alta, também faz trabalhos como modelo. “Quando me olham e perguntam o que faço, respondo que sou pianista e as pessoas ficam chocadas”, conta.

Juliana trabalha para reverter isso. Não abre mão de sua imagem, assim como se dedica à música. Ela acredita que é possível conciliar ambos. “O meio erudito não trabalha a imagem e, no início, ficava preocupada em ser julgada. Hoje, estou bem posicionada e venho provando que um trabalho não anula o outro”, afirma.

“No meio musical, a qualidade artística está em primeiro lugar”, diz. Mas, ao se apresentar, gosta de escolher a dedo roupa, sapato e maquiagem. Segundo ela, o público é exigente e, assim como gosta de ouvir uma bela música, também fica satisfeito com um visual agradável. “A beleza tem de ser algo saudável, a futilidade é que pode prejudicar”, finaliza.

E vocês o que acham: o que parece mais importante, ser melhor ou ser bonita?

Beijão para todas e até amanhã

Lady Chic

Por

Beth Vasconcelos

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