sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

SEPARANDO-SE DO BEBÊ AMADO!!

Queridas amigas do Lady Chic Blog eu desejo a todas um excelente dia.

Nosso assunto hoje foi colhido do site da B Bel Um Estilo de Vida, com texto de Cristina Novais – Jornalista e trata da cor da separação quando se volta ao trabalho após o nascimento do bebê.

Acompanhem

A maternidade é um momento único na vida de uma mulher. Recheado de mistérios, medos, descobertas e sensações. Dúvidas, várias dúvidas, e uma certeza: o amor é tão grande que até dói no peito. Bem-vinda ao clube das mulheres que amam demais, as mães.

Após meses de adaptação, quando você começa a sentir que já tem quase tudo sob controle e que consegue administrar bem a sua vida, ou seja, ser mãe, dona de casa, esposa, amante e mulher ao mesmo tempo, chega a hora de outro parto: voltar ao trabalho depois da licença-maternidade. Mas não precisa ser um fórceps.

Nesse momento outras tantas dúvidas afligem em cheio o coração de mãe. O bebê está bem? Como será que estão cuidando do meu filho? As angústias causadas pela separação são normais e aos poucos você vai aprendendo a lidar com elas.

Apesar das dificuldades, em geral as mulheres superam essa fase conturbada, já que não podem ou não querem deixar de trabalhar depois do nascimento do bebê. Descobrem o prazer e a dor de se desdobrarem em duas ou três jornadas de trabalho. E levam adiante seus sonhos e desejos, sem abrir mão de nenhum aspecto da vida.

Segundo estudo divulgado pelo IPEA em 2010, as mulheres são maioria da população em idade ativa (53,8%). Sua participação no mercado de trabalho cresceu de 43% em 2003 para 45,3% em 2010.

Os índices demonstram que a precarização do trabalho feminino (baixos salários, trabalho sem carteira assinada) diminuiu de 48,3% em 1998 para 42,1% em 2008, e é crescente o número de profissionais em posições de "prestígio social e com boas remunerações".

O estudo conclui que "as mulheres vêm ganhando o mercado de trabalho, o que representa um avanço importante, tendo em vista as possibilidades que isso traz para a conquista da autonomia e para a realização pessoal" .

Autonomia financeira e realização profissional são fundamentais para a mulher contemporânea, que foi criada para ir à luta em pé de igualdade com os homens, num mercado acirrado e exigente. Depois de meses curtindo seu bebê e aprendendo a ser mãe, ela sente novamente a ânsia de fazer diferença no mundo do trabalho. Mas precisa enfrentar as angústias e conflitos típicos desse momento.

Seja por opção ou por falta dela, o retorno ao trabalho após o nascimento do bebê pode despertar sentimentos como frustração e culpa, que segundo a psicóloga Rosane Duarte Pereira, são muito comuns nessa fase.

Um dos motivos é que, apesar de trabalhar fora, a mulher acaba sendo a principal responsável por cuidar da casa e da família, mesmo contando com ajuda e participação do companheiro. "A mulher assume a responsabilidade pelos filhos, quando na realidade, ao formar sua família, não é ela sozinha, mas o casal que tem essa corresponsabilidade", afirma a psicóloga.

Para Rosane Pereira, a mãe não deve se sentir culpada em deixar seu filho na creche ou sob os cuidados de outra pessoa para retornar ao trabalho. "Se o sentimento de culpa for forte e constante, é preciso buscar ajuda para externar esses conflitos", ressalta.

A psicóloga acredita que a qualidade do tempo passado com a criança é mais importante do que a quantidade. Em sua opinião, a mãe deve aproveitar o tempo de convivência para interagir com o filho o máximo possível e fazê-lo feliz, o que só é possível se ela estiver feliz também.

Para algumas mulheres, a volta ao trabalho pode funcionar como uma válvula de escape. Nesse caso, de acordo com Rosane, "não se trata de não gostar do filho, mas é um momento em que a mulher pode sair do contexto de casa, filho, mamadeiras, choro, enfim, de toda essa rotina que é muito boa, mas é desgastante".

Algumas mulheres optam por deixar de trabalhar fora para se dedicar aos filhos. O ideal é que essa decisão seja tomada com consciência pelo casal, em comum acordo. O período fora do mercado de trabalho pode ser breve ou se prolongar por anos. Independente disso, segundo a psicóloga Rosane Pereira, o importante é tomar a decisão "sem frustração e com o entendimento de que, nesse momento, a opção por se dedicar aos filhos e à família é uma oportunidade especial, que muitas mulheres não têm".

Há 18 anos, Maria Eliene Braz Duque fez essa opção. Mãe de três filhos, Mateus (18), Lucas (13) e Eduarda (10), conta que se sente plenamente realizada como mãe e mulher, e hoje, assim como seu filho mais velho, é candidata a uma vaga na universidade.

Eliene acredita que se tivesse feito a opção por voltar ao trabalho logo após o nascimento do primeiro filho se sentiria culpada ou até mesmo frustrada. "Eu pude curtir a fase bebê, criancinha e adolescente de cada um dos meus filhos, fases da vida deles que não voltam. E agora tenho a oportunidade de estudar, e quem sabe voltar ao mercado de trabalho formada em Direito, com maturidade, experiência e sabedoria que os anos como mãe e dona de casa me proporcionaram", diz.

Descobrindo outros caminhos

Uma opção para mulheres que querem acompanhar de perto o dia a dia dos filhos sem abrir mão da vida profissional é mudar o foco da carreira pensando em trabalhar em casa, ou na maior parte do tempo em casa, o que a internet torna possível.

É importante estar atenta aos insights que surgem nessa fase, já que a percepção feminina fica mais aguçada após a maternidade. É comum a mulher descobrir novas habilidades ou talentos adormecidos, que podem virar uma fonte de renda e até um negócio. Por que não?

Abraçando a todas

Lady Chic

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